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Bolsas da Europa fecham em alta com recomposição de perdas pós-payroll

Em Londres, o FTSE 100 subiu 1,09%, aos 8.270,84 pontos. Já o CAC 40, de Paris, ganhou 0,99%, encerrando em 7.425,26 pontos.

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09 de setembro de 2024
Bolsas da Europa fecham em alta com recomposição de perdas pós-payroll
Foto: Reuters

As bolsas da Europa fecharam em alta na segunda-feira, 9, em uma recuperação das perdas da sessão anterior induzidas pela reação ao relatório payroll, que apontou criação de empregos aquém das projeções nos Estados Unidos. Em uma sessão esvaziada de indicadores, investidores se preparam para a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 1,09%, aos 8.270,84 pontos. O CAC 40, de Paris, ganhou 0,99%, encerrando em 7.425,26 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve alta de 0,71%, a 18.431,32 pontos. As cotações são preliminares.

Após o crescimento da aposta em um relaxamento monetário de 25 pontos-base em 18 de setembro nos EUA, as atenções se voltam para o índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano que será divulgado na quarta-feira.

Antes do desfecho do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o BCE deve entregar o segundo corte consecutivo de juros, após desaceleração do CPI na zona do euro.

Do lado fiscal, o ex-presidente do BCE Mario Draghi defendeu que a União Europeia deve gastar entre 750 e 800 bilhões de euros adicionais por ano para “competir globalmente” e atingir metas climáticas.
Nos destaques individuais, a Entain subiu 5,29% em Londres, após o site de apostas britânico revelar que o crescimento no segundo semestre tem se provado mais forte que o esperado até agora.

Na direção oposta, a Burberry cedeu 4,86%. O Barclays rebaixou a recomendação para a ação de equalweight (equivalente a neutra) para underweight (peso abaixo de pares), citando que a empresa deve registrar prejuízo pela primeira vez no primeiro semestre de 2025, já que o crescimento do mercado de luxo continua desafiador.

A Adidas recuou 2,85% em Frankfurt, depois de a recomendação para o ativo ser rebaixada de “overweight” para “equalweight” (equivalente a neutra) também pelo Barclays.

Com o bom humor, o Ibex 35, de Madri, recuperou os 11.200 pontos O índice subiu 0,92%, para os 11.275,85 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 0,90%, a 33.590,34 pontos. O PSI 20, de Lisboa, ganhou 0,83%, aos 6.774,89 pontos. As cotações são preliminares. As bolsas da Ásia fecharam queda na segunda-feira, 9, após dados no Japão e na China terem amplificado o ajuste às fortes perdas de Wall Street na sexta-feira, na esteira do relatório de empregos payroll dos Estados Unidos.

A criação de postos de trabalho na maior economia do planeta acelerou em agosto, mas ficou aquém das projeções e foi acompanhada de revisões negativas dos meses anteriores. Os mercados, então, consolidaram a aposta de que o Federal Reserve (Fed) abrirá o ciclo de alívio monetário com um corte mais tímido de 25 pontos-base nos juros.

“Os dados de emprego dos EUA revelados ao longo da semana foram fracos, mas talvez não fracos o suficiente para inclinar as expectativas pelo Fed para um direcionamento claro”, resumiu a analista Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank.

O dilema induziu uma pesada liquidação de ações globalmente, que se estendeu às praças asiáticas neste começo de semana. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o pregão em baixa de 0,48%, a 36.215,75 pontos. Os papéis de empresas do setor de chips semicondutores expandiram a desvalorização recente, entre eles Lasertec (-4,80%) e Tokyo Electron (-2,27%).

O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão teve crescimento anualizado de 2,9% no segundo trimestre, menos do que havia sido informado originalmente, conforme a segunda leitura do dado divulgada durante a sessão.

Na China, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ganhou força em agosto, mas ficou abaixo das estimativas do mercado. Para a Pantheon Macroeconomics, o indicador é mais um reflexo da demanda enfraquecida no país asiático, que enfrenta uma crise no segmento imobiliário.

Neste ambiente, o índice Xangai Composto caiu 1,06%, a 2.736,49 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,59%, a 1.496,23 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng cedeu 1,42%, a 17.196,96 pontos.

Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,33% em Seul, a 2.535,93 pontos, no quinto dia consecutivo de retração. Samsung Electronics se desvalorizou 2,03% e esteve entre os destaques negativos por lá.
Em Taiwan, o Taiex baixou 1,36%, a 21.144,44 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, caiu 0,32%, a 7.988,10 pontos.