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Hezbollah lança ataque de 50 foguetes e atinge casas nas Colinas de Golã

O Hezbollah afirmou que o ataque foi uma resposta a um ataque israelense no interior do Líbano na terça-feira à noite

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22 de agosto de 2024
Vinicius Palermo
Hezbollah lança ataque de 50 foguetes e atinge casas nas Colinas de Golã
A ofensiva, que atingiu casas particulares, acontece um dia após o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se reunir com mediadores do Egito e Catar para negociar cessar-fogo entre Israel e Hamas

O grupo libanês xiita Hezbollah lançou mais de 50 foguetes em ataque nas Colinas de Golã na quarta-feira, 21. A ofensiva, que atingiu casas particulares, acontece um dia após o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se reunir com mediadores do Egito e Catar para discutir um cessar-fogo entre Israel e Hamas.

O Hezbollah afirmou que o ataque foi uma resposta a um ataque israelense no interior do Líbano na terça-feira à noite, que matou uma pessoa e feriu outras 19.

Em uma nova declaração sobre o cessar-fogo, o Hamas chamou a última proposta apresentada de uma “reversão” do que havia concordado anteriormente. O grupo também acusou os Estados Unidos de concordar com “novas condições” de Israel. Não houve resposta imediata dos EUA.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, destacou na quarta-feira que nenhum lugar na Faixa de Gaza é seguro.

A porta-voz Louise Wateridge destaca que as contínuas ordens de evacuação militar israelenses emitidas em Gaza ameaçam pessoas já extremamente vulneráveis no enclave com mais deslocamento forçado.

A Unrwa também aponta como preocupação o perigo iminente de corte de serviços essenciais. Em mais de 10 meses de conflito quase todos os moradores de Gaza foram deslocados pelo menos uma vez.

Em rede social, Wateridge menciona um cenário que se assemelha a pessoas esperando pela morte por causa de operações militares em andamento e ordens de evacuação contínuas. A representante destaca que elas “estão a mais do que alguns quarteirões da linha de frente agora”.

Na terça-feira, o Escritório de Assistência Humanitária, Ocha, alertou sobre a restrição às operações de ajuda por causa dessas medidas que já são prejudicadas por limitações de acesso, falta de combustível e outros desafios.

Áreas da estrada de Salah ad Din, considerada uma passagem crucial para missões humanitárias, foram incluídas na última ordem de evacuação dadas no fim de semana pelas autoridades israelenses para partes da província de Deir al Balah.

De acordo com o Ocha, nessa realidade tornou quase impossível o movimento dos trabalhadores humanitários ao longo desta rota importante.

Segundo a comunidade humanitária, a Estrada Costeira não é uma alternativa viável. As praias ao longo desta rota estão agora lotadas de abrigos improvisados para deslocados.

O problema causa lentidão dos movimentos de comboios ao longo da Estrada Costeira que afeta a entrega em tempo útil de suprimentos e serviços essenciais, como transporte de água.