Economia
Energia fotovoltaica

Minerva compra 98% da Irapuru Energia II por R$ 20 milhões

A negociação já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas está sujeita a outras verificações.

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20 de agosto de 2024
Vinicius Palermo
Minerva compra 98% da Irapuru Energia II por R$ 20 milhões
A Minerva anunciou ainda uma parceria com a BRANDT – empresa de inovação tecnológica focada em fisiologia vegetal, biossoluções e tecnologia da aplicação.

A Minerva Foods anunciou, em Fato Relevante, a aquisição de 98% das ações ordinárias da Irapuru II Energia S.A., uma subsidiária da Elera Energia S.A. O valor da compra é de R$ 20 milhões. A negociação já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e está sujeita à verificação das demais condições previstas em contrato.

Com a transação, a companhia visa implementar um projeto de autoprodução de energia por fonte fotovoltaica na cidade de Janaúba (MG). Com capacidade instalada de 48,118 MWac, o projeto fornecerá energia para abastecer parte do consumo de nove plantas da Minerva no Brasil.

As plantas da Minerva já consomem energia renovável via mercado livre desde 2020. Além disso, a companhia adquire Certificados de Energia Renovável por meio de sua subsidiária Minerva Energia, para neutralizar as emissões de gases do efeito estufa em todas as operações.

A Minerva anunciou ainda uma parceria com a BRANDT – empresa de inovação tecnológica focada em fisiologia vegetal, biossoluções e tecnologia da aplicação. Em conjunto com a MyCarbon – uma subsidiária da Minerva Foods que desenvolve e comercializa créditos de carbono de acordo com os padrões internacionais – a empresa lançou o programa BRANDT Revitalis, cujo objetivo é promover a adoção da agricultura regenerativa e sustentável na cadeia agropecuária.

A iniciativa visa engajar produtores a adotarem práticas regenerativas, como o cuidado do solo, aumento da biodiversidade e métodos de cultivo sustentáveis, contribuindo para a captura e armazenamento de carbono no solo e reduzindo as emissões de gases de efeito estufa associadas à atividade agropecuária convencional. Além dos ganhos ambientais, os participantes que aderirem à metodologia têm a oportunidade de se certificar para gerar créditos de carbono, os quais podem ser comercializados por meio da MyCarbon.

De acordo com Flávio Cotrin, Diretor de Marketing e Área Técnica da BRANDT Brasil, “Revitalis vai fornecer suporte, recursos e o que há de mais inovador em biotecnologia para que os agricultores possam implementar práticas sustentáveis em suas operações, visando não apenas melhorar a produtividade, mas também reduzir o impacto ambiental e oportunizar uma nova fonte de renda, resultante da venda de créditos de carbono”.

A agricultura regenerativa e o mercado de créditos de carbono estão intimamente relacionados, pois ambos têm o objetivo de promover práticas mais sustentáveis e mitigar as mudanças climáticas. Essa abordagem busca criar sistemas mais produtivos e resilientes, alinhados com os objetivos de desenvolvimento sustentável, visando atender de forma equilibrada e responsável, a uma demanda crescente de produção de alimentos.

“O mercado de créditos de carbono é um importante aliado da agricultura regenerativa, pois permite ao produtor enxergar valor na adoção de melhores práticas no campo. O setor possui o enorme desafio de garantir segurança alimentar a milhões de pessoas e a manutenção dos sistemas agrícolas ao redor do mundo exige um olhar especial para práticas mais eficientes, produtivas e de baixa emissão. Ficamos muito satisfeitos em poder contribuir e apoiar os produtores que estão engajados em promover esta grande transformação,” explica Marta Giannichi, diretora da MyCarbon.

‘’Com o programa Revitalis, a BRANDT reafirma seu compromisso com a inovação e sustentabilidade na agricultura, capacitando agricultores a adotarem práticas que beneficiam não apenas o meio ambiente, mas também suas próprias operações e comunidades, oferecendo uma solução prática e eficaz para os desafios ambientais enfrentados pelo setor”, finaliza Cotrin.