Mundo
Agenda vazia

Londres resiste em alta impulsionada por BT Group

Investidores esperam que as pressões inflacionárias continuem arrefecendo para permitir um corte das taxas de juros pelo Federal Reserve

Compartilhe:
12 de agosto de 2024
Vinicius Palermo
Londres resiste em alta impulsionada por BT Group
Bolsas atuaram na espera de novos dados de inflação dos Estados Unidos e do Reino Unido.

As bolsas europeias fecharam, majoritariamente, em alta, mas sem sintonia, na segunda-feira, 12, em dia de agenda vazia e à espera de novos dados de inflação dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Investidores esperam que as pressões inflacionárias continuem arrefecendo para permitir um corte das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

As ações do BT Group ajudaram a impulsionar Londres, após notícias de venda de fatia no grupo para o conglomerado indiano Bharti Global.

Em Londres, o índice FTSE 100 subiu 0,52%, aos 8.210,25 pontos. O CAC 40, de Paris, perdeu 0,26%, encerrando em 7.250,67 pontos. O índice DAX, referência em Frankfurt, terminou o pregão em queda de 0,06%, a 17.711,60 pontos. As cotações são preliminares.

As ações do BT Group saltaram 7,59% e responderam pela maior alta porcentual do FTSE 100, após notícias de que o Bharti Global, braço do grupo indiano Bharti Enterprises, comprou uma fatia de 24,5% no BT Group da Altice UK. “A decisão do Bharti Global mostra forte confiança no valor inexplorado de longo prazo do grupo”, escreveu Susannah Streeter, analista da Hargreaves Lansdown, em nota.

As ações da TotalEnergies subiram 0,52% em Paris. A companhia anunciou o início da produção do campo Anchor, localizado no Golfo do México, nos EUA, no qual a empresa tem uma participação de 37,14% ao lado da operadora Chevron (62,86%).

Com um sistema de poços submarinos conectados a uma unidade de produção flutuante semissubmersível (FPU), o Anchor tem capacidade de produção de 75.000 barris de petróleo por dia e 28 milhões de pés cúbicos de gás por dia.

Nos demais mercados da região, o PSI 20, de Lisboa, subiu 0,09% e fechou a 6.556,34 pontos. O Ibex 35, referencial de Madri, caiu 0,14%, encerrando em 10.623,300 pontos. O índice referencial FTSE MIB, de Milão, subiu 0,46%, encerrando em 31 928,32 pontos.

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta na segunda-feira, 12, em um dia de pregão tranquilo após uma semana de forte volatilidade causada por preocupações com os Estados Unidos.

Na semana passada, os mercados acionários asiáticos sofreram perdas robustas antes de se recuperarem de forma acentuada, principalmente em Tóquio, em meio a temores sobre uma possível recessão nos EUA, posteriormente aliviados por dados mais animadores da economia americana. Nesta segunda-feira, não houve negócios no Japão em função de um feriado.

O índice sul-coreano Kospi avançou 1,15% em Seul neste início de semana, a 2.618,30 pontos, enquanto o Taiex subiu 1,42% em Taiwan, a 21.773,26 pontos, e o Hang Seng teve leve ganho de 0,13% em Hong Kong, a 17.111,65 pontos.

Na China continental, por outro lado, as bolsas ficaram no vermelho, pressionadas por ações do setor imobiliário e ligadas a serviços para consumidores.

O Xangai Composto registrou ligeira baixa de 0,14%, a 2.858,20 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,47%, a 1 546,57 pontos.

Já na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés positivo da Ásia, e o S&P/ASX 200 avançou 0,46% em Sydney, a 7.813,70 pontos

Mais adiante, na quarta-feira, 14, a atenção dos investidores globais vai se voltar para novos dados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, que tendem a influenciar o ritmo em que os juros básicos americanos provavelmente serão cortados até o fim do ano.