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Bolsas da Europa fecham em alta em recuperação das perdas

Em Paris, o índice CAC 40 subiu 0,86%, aos 7.573,55 pontos, em uma recomposição parcial da queda de 1,81% da véspera.

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10 de julho de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em alta em recuperação das perdas
Entre as ações individuais na Europa, as da Volkswagen reverteram queda inicial após a montadora anunciar redução de projeções de venda.

As bolsas europeias fecharam em alta na quarta-feira, 10, em recuperação das perdas geradas por incertezas políticas na França. Investidores voltaram a acompanhar os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, na quarta, em audiência na Câmara dos Deputados.

O dirigente manteve o tom da sua aparição na véspera, enquanto o mercado aguarda a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos na quinta-feira (11). Entre as ações individuais na Europa, as da Volkswagen reverteram queda inicial após a montadora anunciar redução de projeções de venda.

Em Paris, o índice CAC 40 subiu 0,86%, aos 7.573,55 pontos, em uma recomposição parcial da queda de 1,81% da véspera. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 avançou 0,66% e fechou em 8.193,51 pontos. Em Frankfurt, o DAX computou ganho de 0,99%, aos 18 417,50 pontos. As cotações são preliminares.

Em Frankfurt, as ações da Volkswagen subiram 0,62% mesmo depois de a montadora reduzir sua projeção de vendas para este ano, com o argumento de que o possível fechamento de uma fábrica de veículos elétricos da marca Audi em Bruxelas, capital da Bélgica, poderá ter um efeito significativo no resultado da montadora alemã. O corte previsto na margem de vendas da Volkswagen é um possível indicador das próximas ações de reestruturação na indústria automotiva europeia nos próximos anos, afirmam analistas da Jefferies em nota.

Em Londres, a BP terminou o pregão em leve alta de 0,30%. A empresa britânica e as gigantes petrolíferas europeias Shell e TotalEnergies assinaram acordos para investir no projeto de gás natural liquefeito (GNL) de Ruwais, em Abu Dabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. A petrolífera informou que espera registrar uma baixa contábil de até US$ 2 bilhões no segundo trimestre e alertou que as fracas transações de petróleo e as margens de refino mais baixas prejudicarão seus lucros.

A recuperação nos mercados europeus ocorreu após quedas generalizadas ontem, especialmente em Paris, em meio à difícil situação política na França, após a votação nas eleições legislativas do fim de semana não dar maioria absoluta no Parlamento a nenhuma das principais facções políticas.

Na Bolsa de Milão, o FTSE Mib avançou 1,30%, aos 34.306,40 pontos, com as ações da Telecom Italia em destaque, com ganho em torno de 4,6% no fim do pregão.

Em Lisboa, o PSI 20 ganhou 1,37% e encerrou o pregão aos 6 742,02 pontos. Já em Madri, o Ibex-35 ganhou 1,48%, aos 11 060,40 pontos.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única na quarta-feira, 10, com novo recorde em Tóquio e perdas na China após dados locais de inflação. O índice japonês Nikkei subiu 0,61% em Tóquio, ao patamar inédito de 41.831,99 pontos, com ganhos liderados por ações financeiras em meio a apostas de que o Banco do Japão (BoJ) voltará a elevar juros, e o Taiex avançou 0,45% em Taiwan, a 24.007,08 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi ficou praticamente estável em Seul, com alta marginal de 0,02%, a 2.867,99 pontos, e o Hang Seng caiu 0,29% em Hong Kong, a 17.471,67 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,68%, a 2.939,36 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve baixa de 0,35%, a 1.582,58 pontos. O índice de preços ao consumidor (CPI) chinês subiu 0,2% na comparação anual de junho, menos do que o esperado, enquanto os preços aos produtores (PPI) se mantiveram em queda, sinalizando demanda persistentemente fraca, apesar de esforços de Pequim para impulsionar o consumo.

Investidores na Ásia também repercutiram comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, no Congresso americano. Ontem, no Senado, Powell evitou dar um cronograma para a possível queda dos juros básicos, mas mostrou confiança no esfriamento do mercado de trabalho, mantendo as expectativas de que um corte das taxas ainda possa vir em setembro. Hoje, Powell fala na Câmara.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, pressionada por ações de mineradoras e petrolíferas. O S&P/ASX 200 caiu 0,16% em Sydney, a 7.816,80 pontos.