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Lula diz que com vacina, a população não vira jacaré

Em crítica velada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula pediu para a população se imunizar contra a doença pois, segundo ele, “com vacina, a gente não vira jacaré”.

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08 de abril de 2024
Vinicius Palermo
Lula diz que com vacina, a população não vira jacaré
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é vacinado, durante entrevista coletiva sobre questões relacionadas à saúde, como vacinação e combate à dengue, no Palácio do Planalto. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tomou vacina contra a gripe na segunda-feira, 8, em evento do Ministério da Saúde realizado no Palácio do Planalto. Em crítica velada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula pediu para a população se imunizar contra a doença pois, segundo ele, “com vacina, a gente não vira jacaré”.

“Vou tomar aqui a vacina para incentivar o povo brasileiro outra vez. Com vacina a gente não vira jacaré, a gente não vira o que a gente não quer. Com vacina, a gente evita de pegar doenças que podem matar as pessoas”, declarou o presidente, que tem 78 anos.

E acrescentou: “Vou tomar minha vacina aqui para incentivar todas as pessoas brasileiras, homens e mulheres, adolescentes e crianças, a não terem medo de tomar vacina, porque tomar vacina é uma garantia de que você vai estar prevenido de doenças que podem te levar a morrer.”

A médica da Presidência da República, Ana Helena Germóglio, foi quem vacinou o presidente. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, não é médica, e, portanto, não pôde vacinar o presidente. No ano passado, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que é médico, vacinou Lula com a quinta dose contra a covid-19.

O Zé Gotinha, personagem que representa a vacinação do governo federal, imagem que foi retomada na gestão Lula 3, esteve em ambas as imunizações do presidente Lula.

O presidente saiu também em defesa e demonstrou apoio à gestão da ministra da Saúde, Nísia Trindade. Em meio à pressão na gestão da pasta nas últimas semanas, Lula disse que recomendou a Nísia a “falar grosso” e cobrou que ela, sempre que possível, se dirija à população para prestar esclarecimentos.

“Outro dia, em reunião dos ministérios, eu disse para dizer que ela tinha que falar grosso na questão da Saúde. Estava aquele problema dos hospitais do Rio de Janeiro. A Nísia respondeu para mim o seguinte: ‘Eu não posso falar grosso, porque eu sou mulher, eu falo manso'”, contou Lula, em entrevista coletiva de imprensa para prestação de contas do Ministério da Saúde.

 E acrescentou: “Acho que a Nísia, falando manso como ela falou, posso até achar que alguém pode não gostar de você, mas duvido que tem alguém que não acredite em cada palavra que você fala.”

Na avaliação do presidente da República, Nísia fala com “alma e consciência das pessoas”. “A questão da saúde no Brasil precisa, sempre que possível, a ministra da Saúde se dirigir ao povo brasileiro, e hoje temos mecanismos para isso, porque muitas vezes o povo precisa de orientação”, cobrou.