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Bolsas da Europa fecham em alta, com recorde em Paris

O movimento positivo das ações foi suficiente para que o índice de Paris também renovasse o recorde.

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14 de março de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em alta, com recorde em Paris
O CAC 40, de Paris, atingiu recorde histórico de fechamento, ao subir 0,62%, aos 8.137,58 pontos.

As bolsas europeias fecharam, majoritariamente, em alta, ainda que com ganhos mais moderados ante a forte valorização da véspera. O destaque ficou com Madri, onde o índice referencial teve o melhor desempenho do ano e maior nível desde 2018, embalado pelas ações da Inditex, controladora da Zara, depois do anúncio de resultados robustos.

O movimento positivo das ações foi suficiente para que o índice de Paris também renovasse o recorde. No pregão, os investidores seguiram assimilando o índice de inflação ao consumidor nos EUA, divulgado na terça-feira, e que deixou um tom de cautela em relação às perspectivas para o alívio monetário pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano).

Em Madri, o Ibex-35 subiu 1,65%, aos 10.560,50 pontos, com seu maior ganho em quatro meses e nos maiores níveis desde 2018, segundo El Confidencial. O ímpeto veio, sobretudo, da ação da Inditex, que saltou 8,23% e fechou em máxima histórica.

Em balanço divulgado mais cedo, a controladora da Zara, Massimo Dutti e Bershka, informou alta de 10% nas vendas do ano fiscal de 2023, encerrado em 31 de janeiro. A Inditex planeja aumentar os investimentos para satisfazer a forte procura que se estendeu até ao início do seu novo ano fiscal, à medida que a gigante da moda enfrenta a concorrência de rivais, incluindo a chinesa Shein.

A Inditex disse ainda que teve um forte início de ano que começou em 1º de fevereiro, com vendas nas lojas físicas e online aumentando 11% até 11 de março em moeda local e ajustadas para dias de negociação.

O CAC 40, de Paris, atingiu recorde histórico de fechamento, ao subir 0,62%, aos 8.137,58 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou em alta de 0,31%, aos 7.772.17 pontos, ainda distante da máxima histórica de 16 de fevereiro, quando encerrou o pregão em 8.012.53 pontos. O DAX, de Frankfurt, perdeu força e cedeu 0,02% no fim do dia, aos 17.961,38 pontos, ainda perto do recorde de 17.965,11 pontos marcado ontem.

Em Paris, as ações da Vallourec subiram 7,41%, após a ArcelorMittal fechar um acordo para comprar a fatia da Apollo Global Management na fabricante francesa de tubos de aço, por 955 milhões de euros. A ArcelorMittal subiu 0,12% em Amsterdã.

Outro destaque positivo em Paris foi o BNP Paribas, que avançou 2,08%. O banco revelou que planeja devolver 20 bilhões de euros a acionistas entre 2024 e 2026.

A varejista online alemã Zalando também teve um dia de fortes ganhos e disparou 18,90%. A companhia atualizou sua estratégia de crescimento, depois que as vendas para 2023 continuaram caindo. No ano passado, a varejista registrou receitas de 10,14 bilhões de euros (US$ 11,08 bilhões, ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas de 10,17 bilhões de euros, de acordo com a FactSet.

Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,39%, aos 33.885,43 pontos. O PSI 20, referencial da Bolsa de Lisboa, teve variação negativa de 0,53%, encerrando o dia em 6.110,35 pontos.

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única na quarta-feira, 13, com ações na China pressionadas por renovadas preocupações sobre a crise imobiliária local e as de Tóquio estendendo perdas em meio à especulação sobre eventual aperto da política monetária japonesa.

Na China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,40%, a 3 043,83 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve modesta baixa de 0,11%, a 1.768,56 pontos. Relatos sobre um declínio nas vendas de novas moradias na semana passada, após uma breve recuperação na esteira do feriado do ano novo lunar, e de que a Country Garden falhou no pagamento de um cupom de bônus em yuans ontem (12) pesaram em ações do setor imobiliário: Poly Developments & Holdings Group e China Vanke caíram 2,9% e 3,1%, respectivamente.

Em outras partes da Ásia, o Nikkei ficou no vermelho pelo terceiro pregão seguido em Tóquio, com baixa de 0,26%, a 38 695,97 pontos, diante de rumores persistentes de que o Banco do Japão (BoJ) se prepara para acabar com seu juro negativo, adotado há mais de oito anos, e o Hang Seng ficou praticamente estável em Hong Kong, com ligeira perda de 0,07%, a 17.082,01 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,44% em Seul, a 2 693,57 pontos, e o Taiex ficou também perto da estabilidade em Taiwan, com leve ganho de 0,07%, a 19.928,51 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana avançou pelo segundo dia consecutivo, depois de sofrer expressiva queda no começo da semana. O S&P/ASX 200 teve alta de 0,22% em Sydney, a 7.729,40, graças ao forte desempenho de ações de bancos.