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AstraZeneca impulsiona Londres com aval para venda de remédio nos EUA

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,22%, aos 7.728,50 pontos. As ações da AstraZeneca subiram 3,21%, após anúncio da companhia farmacêutica.

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19 de fevereiro de 2024
Vinicius Palermo
AstraZeneca impulsiona Londres com aval para venda de remédio nos EUA
As ações da AstraZeneca subiram 3,21%

As bolsas europeias fecharam sem direção única na segunda-feira, 19, depois que os principais mercados da região acumularam ganhos por três pregões seguidos. A sessão teve agenda vazia e liquidez comprometida pelo feriado nos EUA. Em Londres, a AstraZeneca disparou e liderou o índice FTSE, após a aprovação de seu medicamento Tagrisso pela agência federal americana FDA para uso nos EUA.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,22%, aos 7.728,50 pontos. As ações da AstraZeneca subiram 3,21%, após a companhia farmacêutica informar que seu medicamento Tagrisso foi aprovado pela agência federal americana FDA para uso nos EUA, em combinação com quimioterapia, para tratar um tipo de câncer de pulmão em estágio avançado.

Testes mostraram que a combinação de Tagrisso e quimioterapia reduziu o risco de progressão da doença ou de morte em 38%, em relação ao tratamento padrão, segundo comunicado do grupo farmacêutico anglo-sueco. “Esta importante nova opção de tratamento pode atrasar a progressão da doença em quase nove meses adicionais, estabelecendo uma nova referência com o maior benefício de sobrevida livre de progressão”, disse Dave Fredrickson, vice-presidente executivo da unidade de negócios de oncologia.

Os papéis da AstraZeneca fazem parte do grupo “Granolas”, termo usado recentemente pelo Goldman Sachs na mesma linha do grupo chamado “7 Magníficas” em Wall Street para agrupar ações de empresas de grande capitalização no mercado e que têm demonstrado desempenho exponencial e acima dos índices amplos das bolsas. Além da AstraZeneca, o grupo inclui GSK, Roche, ASML, Nestlé, Novartis, Novo Nordisk, L’Oréal, LVMH, SAP e Sanofi.

O DAX, referencial de Frankfurt, recuou 0,15%, aos 17.092,26 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve estabilidade, em 7.768,55 pontos A França deverá registrar um crescimento mais lento este ano do que se pensava anteriormente, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, para a TF1 Info. A economia deverá crescer 1% ao longo do ano, ante estimativas anteriores de 1,4%, disse Le Maire. A guerra na Ucrânia e no Oriente Médio, as dificuldades no Mar Vermelho, o forte abrandamento na China e a recessão na Alemanha foram listados como os vetores que pesarão no ritmo da atividade francesa.

Nos demais mercados da região, o Ibex 35, de Madri, ganhou 0,59% e fechou aos 9.944,80 pontos, com a Grifols (3,39%), Telefonica (1,99%) e CaixaBank (1,74%) entre as maiores altas. As ações da Ferrovial subiram 0,98%. Analistas do UBS acreditam que a empresa tem espaço para crescer, especialmente nos EUA, o que deve elevar, significativamente, os dividendos nos próximos anos Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,74%, aos 6.245,96 pontos e o FTSE MIB caiu 0,18%, aos 31.676,05 pontos.

Na Suíça, as ações da Temenos subiram mais de 8%, em recuperação parcial das perdas após os ativos serem penalizados por um relatório da Hindenburg Research na semana passada. O grupo de análise alegou que a empresa de software fez irregularidades contábeis, o que foi refutado pela companhia.

As bolsas da Ásia e do Pacifico fecharam sem direção única na segunda-feira, 19, com as chinesas avançando na volta de um longo feriado em reação a dados animadores do turismo doméstico.
Na volta do feriado do ano novo lunar, que durou mais de uma semana, as bolsas da China continental tiveram ganhos significativos, após levantamento mostrar que o número de viagens e volume de gastos feitos no período de recesso atingiram recordes, superando níveis pré-covid-19. O índice Xangai Composto subiu 1,56%, a 2.910,54 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,70%, a 1.604,17 pontos.

O banco central chinês (PBoC), por sua vez, deixou a taxa de sua linha de empréstimo de médio prazo – conhecida como MLF – de um ano inalterada em 2,5% no fim de semana, mas analistas preveem que os juros básicos do país poderão ser cortados, no fim da noite de segunda.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei ficou praticamente estável em Tóquio, com baixa marginal de 0,04%, a 38.470,38 pontos, depois de se aproximar de nova máxima histórica no pregão anterior, e o Hang Seng caiu 1,13% em Hong Kong, a 16 155,61 pontos, pressionado por ações de tecnologia e do setor imobiliário, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,07% em Seul, a 2.677,22 pontos, com a ajuda de ações financeiras, e o Taiex registrou modesto ganho de 0,15% em Taiwan, a 18.635,80 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana teve apenas ligeira alta, graças a papéis de grandes bancos e de mineradoras, mas ficou no azul pelo terceiro pregão seguido. O S&P/ASX 200 subiu 0,09% em Sydney, a 7.665,10 pontos.