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PIB do 3º trimestre surpreende e sobe 0,1%

Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB apresentou alta de 2,0% no terceiro trimestre de 2023, também superando a mediana das previsões

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05 de dezembro de 2023
Vinicius Palermo
PIB do 3º trimestre surpreende e sobe 0,1%
O PIB da indústria subiu 0,6% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,1% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023, informou na terça-feira, 5, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB apresentou alta de 2,0% no terceiro trimestre de 2023, também superando a mediana das previsões, de alta de 1,8%, com intervalo de projeções que ia de elevação de 0,8% a 2,8%. Ainda segundo o instituto, o PIB do terceiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,7 trilhões.

O consumo das famílias subiu 1,1% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o consumo das famílias cresceu 3,3%.

O consumo do governo subiu 0,5% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, avançou 0,8%.

A taxa de poupança no País ficou em 15,7% no terceiro trimestre de 2023, conforme os dados do IBGE. Já a taxa de investimento ficou em 16,6% no terceiro trimestre de 2023, segundo o IBGE.

O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária caiu 3,3% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB da agropecuária cresceu 8,8%.
O PIB da indústria subiu 0,6% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB da indústria cresceu 1,0%.

O PIB de serviços também subiu 0,6% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB de serviços cresceu 1,8%.

A terceira alta consecutiva trimestral do PIB renovou o patamar recorde da série histórica. A economia brasileira está operando 7,2% acima do nível pré-pandemia, do 4º trimestre de 2019, segundo o IBGE.
Na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 0,1%.

Houve recuo de 3,3% no PIB agropecuário no terceiro trimestre, na margem, enquanto a indústria avançou 0,6% e os serviços também cresceram 0,6%. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB agro cresceu 8,8%, enquanto a indústria subiu 1,0% e os serviços avançaram 1,8%, na mesma base de comparação.

A alta interanual do PIB da agropecuária foi puxada pelas safras de milho, cana-de-açúcar, algodão e café. Também houve, segundo o IBGE, contribuição positiva da pecuária.

A alta interanual da Indústria foi puxada pela elevação de 7,3% na abertura de Eletricidade e gás, água e esgoto. O movimento, segundo o IBGE, foi puxado pelo maior consumo de eletricidade, principalmente a residencial, devido à tarifas com bandeira verde.

As atividades financeiras cresceram 1,3% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023, já as atividades imobiliárias subiram 1,3%.

As indústrias extrativas avançaram 0,1% no terceiro trimestre ante o segundo trimestre de 2023, e o segmento de informação e comunicação subiu 1,0%.

A produção de eletricidade e água aumentou 3,6% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023, enquanto o comércio avançou 0,3%.

A indústria de transformação cresceu 0,1%, e a construção caiu 3,8%. A administração pública e seguridade social aumentaram 0,4%. Outras atividades de serviços avançaram 0,5%.

De acordo com o IBGE, as atividades financeiras cresceram 7,0% no terceiro trimestre de 2023 ante o terceiro trimestre de 2022, já as atividades imobiliárias avançaram 3,6%.

As indústrias extrativas tiveram expansão de 7,2% no terceiro trimestre de 2023 em relação ao terceiro trimestre de 2022, e o setor de informação e comunicação cresceu 1,6%. A produção de eletricidade e água aumentou 7,3%, o comércio subiu 0,7%, e a indústria de transformação diminuiu 1,5%.

A construção recuou 4,5%, e transporte e armazenagem avançaram 1,6%. As outras atividades de serviços expandiram 1,1%, e administração pública e seguridade social avançaram 0,4%.

Após a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, de alta de 0,1%, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda afirmou em nota que, para o último trimestre do ano, a perspectiva é de retomada do crescimento na margem. Enquanto isso, o carry-over (carregamento estatístico) para a atividade em 2023 passou a ser de aproximadamente 3%.

“As revisões e divulgação do PIB do 3T23 não alteram a perspectiva da SPE, de retomada do crescimento no 4T23. Nesse trimestre, na comparação interanual, o setor agropecuário deve seguir com desaceleração, enquanto os setores industrial e de serviços devem apresentar maiores taxas de crescimento, beneficiados pelas melhores condições financeiras e de crédito, pela resiliência do mercado de trabalho, com destaque para o avanço do rendimento real, e pelas políticas de incentivo ao investimento produtivo”, aponta nota divulgada na manhã desta terça-feira, 5, pela SPE, comandada pelo economista Guilherme Mello.

De acordo com o cenário da SPE, na comparação interanual, a Agropecuária deve seguir desacelerando, mas a Indústria e os Serviços voltam a mostrar expansão no ritmo de crescimento. Na avaliação do órgão, a Indústria tende a se beneficiar com a redução nos custos do crédito, com os programas de estímulo ao investimento e de construção de moradias populares (como PAC e Minha Casa, Minha Vida) e com os estímulos à atividade na China.

No caso do setor de serviços, a expectativa é de contribuição da recente expansão da massa de renda, impulsionada pela geração líquida de postos de trabalhos e pelo aumento do rendimento real, sobretudo para as classes mais baixas, “que têm se beneficiado de maneira mais significativa com a desinflação em curso”.

Ainda na avaliação da SPE, o setor também deverá se beneficiar com a redução da inadimplência e comprometimento de renda das famílias que, “junto com a melhoria recente das condições financeiras, tende a impulsionar as concessões de crédito e o ritmo de expansão do consumo nesse último trimestre”.