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Recuo nos custos

BC chinês atua para manter crescimento do PIB

O BC chinês menciona ainda a intenção de elevar esforços para apoiar o financiamento de empresas baseadas em tecnologia, bem como de instrumentos para reduzir emissões de carbono.

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27 de novembro de 2023
Vinicius Palermo
BC chinês atua para manter crescimento do PIB
O PBoC vê a China com bom impulso na recuperação econômica, mas também desafios com a retomada irregular global e uma "fundação instável para a recuperação da economia doméstica".

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) afirma que atua para manter o crescimento econômico e do crédito do país em nível “razoável”. Em comunicado sobre seu Relatório de Implementação da Política Monetária, o PBoC diz que suas políticas têm sido eficazes e, entre seus objetivos, cita manter esse crescimento em nível adequado da economia e do crédito; a promoção de um recuo nos custos de financiamento para a economia real; e usar instrumentos de política monetária adequados para o quadro.

O BC chinês menciona ainda a intenção de elevar esforços para apoiar o financiamento de empresas baseadas em tecnologia, bem como de instrumentos para reduzir emissões de carbono.

O PBoC vê a China com bom impulso na recuperação econômica, mas também desafios com a retomada irregular global e uma “fundação instável para a recuperação da economia doméstica”.

Autoridades da China anunciaram ainda novas medidas para ampliar o suporte financeiro para o setor privado, em meio a tentativas de impulsionar a recuperação econômica do país. As medidas incluem propostas para ferramentas de política monetária, incentivos fiscais, garantias de seguro, entre outras.

Em comunicado, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) afirmou que autoridades de diversos departamentos se comprometeram em aumentar o suporte para empresas privadas, gradualmente elevando a proporção de empréstimos e reformas estruturais para melhorar a performance do setor.

“Vamos ampliar o apoio para áreas cruciais, como inovação tecnológica, transição verde, projetos de reestruturação industrial, assim como suporte para micro, pequenas e médias empresas”, detalhou o banco central chinês.

Para atender as necessidades do setor, as autoridades pretendem desbloquear canais de financiamento diversos, entre eles: crédito, títulos e ativos. “Instituições financeiras devem expandir o apoio para empréstimos feitos pela primeira vez, conduzir serviços financeiros para cadeias de oferta industriais e proativamente oferecer fundos para continuidade dos serviços do setor privado”, pontuaram, em nota.

O PBoC esclareceu ainda que bancos não devem suspender, suprimir, retirar ou cortar empréstimos “de maneira cega”, ao mesmo tempo em que mantém a prevenção de riscos financeiros.

As medidas foram definidas e aprovadas por oito departamentos, incluindo o PBoC, a Administração Estatal de Supervisão Financeira e a Comissão de Valores Mobiliários da China, conhecida como CSRC. Segundo o comunicado, os departamentos devem fortalecer a cooperação, compartilhamento de informações sobre crédito, garantias financeiras, descontos convenientes de dívidas e ferramentas de tributação, sob objetivo de garantir que as medidas beneficiem o setor privado.

As autoridades da China estão tomando medidas mais vigorosas para conter os crescentes problemas financeiros dos maiores credores que compõem o sistema bancário paralelo, ou shadow banking, do país. A polícia de Pequim disse, no fim de semana, que tomou “medidas coercitivas criminais” – um eufemismo para “prisões” – contra vários funcionários da Zhongzhi Enterprise.

O conglomerado opera várias empresas que vendem produtos de investimento a pessoas e companhias ricas na China, e por meses enfrentou dificuldades para efetuar os pagamentos prometidos aos investidores.

A investigação da polícia é uma escalada da resposta da China aos problemas da Zhongzhi, que na semana passada informou que era insolvente e tinha pelo menos US$ 31 bilhões a mais em passivos que de ativos.

Zhongzhi disse que era altamente dependente da tomada de decisões de Xie Zhikun, seu fundador e maior acionista, que morreu em dezembro de 2021.

Durante o verão, o Zhongrong International Trust, que faz parte do grupo, deixou de pagar rendimentos de seus produtos, alimentando medos de contágio da turbulência no setor imobiliário chinês. Em setembro, duas grandes estatais entraram para prestar assistência a Zhongrong.