Economia
Capacidade maior

Lucro operacional da Azul subiu 137% no 3º trimestre

O Ebitda da Azul foi de R$ 1,5 bilhão, 67,7% maior do que o valor reportado no terceiro trimestre de 2022.

Compartilhe:
14 de novembro de 2023
Vinicius Palermo
Lucro operacional da Azul subiu 137% no 3º trimestre
Entre julho e setembro, a receita operacional da Azul totalizou R$ 4,9 bilhões

O lucro operacional da Azul atingiu R$ 957,4 milhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 137,1% em relação a igual intervalo de 2022. Com isso, gerou uma margem de 19,5%, 10,3 pontos a mais.

Já o Ebitda da companhia foi de R$ 1,5 bilhão, 67,7% maior do que o valor reportado no terceiro trimestre de 2022. A margem Ebitda ficou em 31,6%, crescimento de 10,4 pontos porcentuais na mesma base comparativa.

Entre julho e setembro, a receita operacional totalizou R$ 4,9 bilhões, um novo recorde para companhia e aumento anual de 12,3%, com tarifas 5,3% acima ano contra ano. Em relação terceiro trimestre de 2019, a receita operacional apresentou um aumento de 62,1%, com aumento nas tarifas de 50,1%.

“Essa forte performance de crescimento foi impulsionada por nossa operação líder no setor e pela execução bem-sucedida de nossa estratégia na transformação da frota”, segundo o CEO da Azul, John Rodgerson.

A Azul encerrou o trimestre com liquidez total de R$ 6,7 bilhões, incluindo investimentos e recebíveis de longo prazo, depósitos de segurança e reservas de manutenção. A liquidez imediata em 30 de setembro de 2023 foi de R$ 3,5 bilhões, 70,2% acima do trimestre anterior, mesmo após o pagamento de cerca de R$ 3,2 bilhões em arrendamentos de aeronaves, amortizações e juros da dívida, diferimentos e capex. A liquidez imediata representou 19,1% da receita dos últimos doze meses.

A Azul anunciou que atualizou suas perspectivas para 2023 e 2024. Agora a companhia espera aumentar a capacidade (ASK) em aproximadamente 11% em 2023 em comparação com 2022, o que representa redução ante expectativa de 14% anteriormente.

“O ajuste no crescimento da capacidade ano contra ano de 14% para 11% deve-se principalmente aos atrasos dos fabricantes na entrega de novas aeronaves e à alta nos preços do combustível”, segundo a companhia.

Já a projeção para a receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos (RASK) subiu de estável para entre +3% e +5% no quarto trimestre de 2023 ante mesmo período de 2022, principalmente devido ao ambiente de demanda robusto nos mercados doméstico e internacional, em conjunto com o ajuste esperado na capacidade.

A companhia também estima Ebitda de 2023 em aproximadamente R$ 5,2 bilhões, inferior à estimativa anterior de R$ 5,5 bilhões, devido à recente volatilidade no preço do combustível e à redução na capacidade, juntamente com menores volumes de carga internacional.

Já o Ebitda de 2024 deve somar R$ 6,5 bilhões, maior do que a expectativa anterior de R$ 6,0 bilhões por conta da “continua força na demanda e a um maior aumento no recebimento de aeronaves de última geração na frota”.

Além disso, a Azul espera uma alavancagem em torno de 3,7 vezes no final de 2023 (maior do que a estimativa anterior de 3,5 vezes) e em torno de 3,0 vezes no final de 2024 (igual à estimativa anterior). Segundo a companhia, a alavancagem ligeiramente maior em 2023 é resultado principalmente do ajuste no Ebitda esperado para 2023.