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Alckmin defende parcerias entre Brasil e China

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin afirmou na segunda-feira, 23, que a mais próspera das parcerias é entre o Brasil e a China

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23 de outubro de 2023
Vinicius Palermo
Alckmin defende parcerias entre Brasil e China
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin afirmou na segunda-feira, 23, que a mais próspera das parcerias é entre o Brasil e a China, e destacou o país asiático como o mais importante parceiro comercial brasileiro nos dias atuais. Alckmin frisou que os dois países têm relações comerciais nas mais diversas áreas, a exemplo de saúde, aviação, mineração, financeira, energia e petróleo. Ele destacou os investimentos recentes das chinesas BYD e GWM no País, no segmento de veículos elétricos.

“Tenho certeza que vamos poder avançar ainda mais em investimentos recíprocos e parcerias que são a melhor maneira de celebrarmos os 50 anos de amizade e de aproximação econômica e cultural, e os 20 anos da Cosban Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação”, declarou Alckmin.
O vice-presidente relembrou a viagem recente do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à China e afirmou que foram assinados inúmeros acordos que vão facilitar ainda mais o investimento entre os países.

Alckmin emendou que foram realizadas reuniões com empresários brasileiros e chineses a fim de ouvi-los para entender como trabalhar ainda mais para avançar nesse objetivo. “Gilberto Freyre dizia: o Brasil é a China tropical”, citou o vice-presidente.

A secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, disse que a China tem tudo para se consolidar como um parceiro importante para a neoindustrialização do Brasil a partir de investimentos não só em manufatura, mas também em infraestrutura.

“Os chineses são parceiros de primeira grandeza nesse novo momento de investimento em infraestrutura no Brasil”, disse Prazeres, em referência ao novo PAC. “Esses investimentos serão cada vez mais necessários para o que nós buscamos.”

A secretária de comércio exterior reiterou que a neoindustrialização é prioridade do governo e frisou que a sustentabilidade e a tecnologia são pilares desse projeto. “Destaco a indústria 4.0 e a manufatura avançada na importância da parceria com a China para que a gente consiga dar esse salto de qualidade que pretendemos para indústria brasileira”, acrescentou.

Prazeres participou na segunda-feira de painel na Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). A secretária também chamou atenção para os números de comércio entre os países. “A China é o principal parceiro comercial do Brasil há muito tempo, desde 2009, e estamos caminhando para um recorde de exportação para a China neste ano, vamos superar os US$ 90 bilhões do ano passado”, disse.

Questionada sobre a diversificação da pauta de exportações brasileira para o país, Prazeres destacou novamente a importância da neoindustrialização. “O Brasil perdeu competitividade industrial nos últimos anos e é importante retomá-la para diversificar as exportações. É importante que a neoindustrialização se refleta na nossa pauta exportadora.”

A secretária de comércio exterior avaliou ainda que, ao abordar esse tema, é importante focar não só no que o Brasil já vende, mas no que poderia vender para a China. “Pensar em quais são os produtos, segmentos e como posicionar as marcas brasileiras na China, mas sem ter a pretensão de que isso se reflita rapidamente em grandes números. Os grandes números são muito grandes”, emendou.

Prazeres ponderou que quando se pensa no potencial para a expansão da exportação de alimentos processados ou mesmo de bens industriais, como máquinas e equipamentos, é preciso ter em mente que esse movimento não tende a se refletir no curto prazo em uma pauta de exportação muito diferente da atual, dada a magnitude das exportações de soja.

“Mas, para as empresas que poderiam vender e ainda não estão lá, as oportunidades podem ser revolucionárias”, disse. “As perspectivas são muito positivas, mas precisamos pensar na métrica adequada.”