Economia
Habitação

Estoque total de crédito subiu 1,1% em agosto

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre subiu 0,7% no oitavo mês de 2023, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 1,7%.

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27 de setembro de 2023
Vinicius Palermo
Estoque total de crédito subiu 1,1% em agosto
O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,5% em agosto

O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,1%, para R$ 5,524 trilhões, de julho para agosto, informou na quarta-feira, 27, o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 8,9%.
Em agosto ante julho, houve aumento de 1,3% no estoque para pessoas físicas e elevação de 0,9% no estoque para pessoas jurídicas. De acordo com o BC, o estoque de crédito livre subiu 0,7% no oitavo mês de 2023, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 1,7%.

No crédito livre, houve avanço de 1,2% no saldo para pessoas físicas em agosto. Para as empresas, o estoque subiu marginalmente, 0,1%.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 52,6% (dado revisado) para 52,9% na passagem de julho para agosto.

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,5% em agosto ante julho, totalizando R$ 977,550 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até agosto, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 10,1%.

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física avançou 9,3% em agosto ante julho, para R$ 14,493 bilhões. Em 12 meses, a variação foi positiva em 5,2%.

O saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária subiu 7,3% em agosto, para R$ 46,912 bilhões, informou o Banco Central. Já o saldo para a indústria avançou 1,1%, para R$ 827,082 bilhões. O montante para o setor de serviços teve alta de 0,9%, para R$ 1,239 trilhão.

No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo subiu 3,6%, aos R$ 4,665 bilhões.

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve alta de 0,8% em agosto ante julho, somando R$ 395,568 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até agosto, a elevação acumulada é de 3,5%.

No oitavo mês de 2023, houve queda de 0,9% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, aumento de 0,8% no financiamento de investimentos e avanço de 6,6% no saldo de capital de giro.

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro subiu 2% em agosto ante julho, para R$ 15,528 trilhões. O montante equivale a 148,5% do PIB do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.

O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado avançou 2,4% em agosto ante julho, para R$ 5,354 trilhões. O montante equivale a 51,2% do PIB.

As concessões dos bancos no crédito livre subiram 6,5% em agosto ante julho, para R$ 461,4 bilhões, informou o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até agosto, o aumento foi de 6,1% Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

No crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 5,6% em agosto, para R$ 261,8 bilhões. Em 12 meses, há alta de 11,6%. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões avançaram 7,6% em agosto ante julho, para R$ 199,5 bilhões. Em 12 meses, o avanço é de apenas 0,2%.

Tema de fortes debates neste momento, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 4,4 pontos porcentuais de julho para agosto. A taxa passou de 441,3% (dado revisado) para 445,7% ao ano, mesmo com o início do ciclo de queda da taxa Selic no mês passado. Atualmente, o juro básico da economia brasileira está em 12,75% ao ano.

A modalidade emergencial de crédito está no centro das discussões econômicas e políticas do País neste momento devido às taxas mais caras do mercado. Atualmente, o tema está em tramitação no Senado, dentro do projeto de lei do Desenrola, cuja expectativa é de votação até quinta-feira, 28.

Na Câmara, onde a matéria já foi aprovada, ficou definido que os juros do rotativo e do parcelado não poderão ultrapassar 100% do principal da dívida, caso os bancos não cheguem a um acordo sobre o assunto, chancelado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em até 90 dias da entrada em vigor da lei.

No caso do parcelado, o juro caiu de 198,2% (dado revisado) para 194,5% ao ano entre julho e agosto. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 101,9% (dado revisado) para 101,5%.