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Aposentados da Caixa protestam contra equacionamentos

Após o ato, o grupo conseguiu encontro com equipe formada por dirigentes da Caixa e especialistas. Uma petição foi entregue.

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15 de setembro de 2023
Vinicius Palermo
Aposentados da Caixa protestam contra equacionamentos
Grupo de aposentados da Caixa se encontrou com dirigentes do banco em Brasília-DF.

A Caixa Econômica Federal (CEF) é um dos maiores bancos públicos do mundo, seus funcionários ingressam orgulhosos de conquistarem um emprego estável e com boas oportunidades de planos de carreira. Mas, de uns anos para cá, o sonho se tornou não tão agradável, logo na hora mais esperada: A da aposentadoria.

Os aposentados contribuintes da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), que é o fundo de pensão dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal, travam nos últimos anos uma briga contra os equacionamentos de déficits da entidade.

Na última quinta-feira (14), um grupo de aposentados da Caixa Econômica Federal foi à capital federal carregando faixas e com dizeres de ordem contra estes equacionamentos que são pagos pelos ex-funcionários desde 2015.

Após o ato, o grupo conseguiu encontro com equipe formada pelo vice-presidente de Pessoas da Caixa Econômica Federal, Sérgio Eduardo Arubulu, o Gerente Nacional, Henrique Santana, e outros dirigentes e especialistas, no qual foi entregue uma petição.

“São equacionamentos que penalizam a nossa aposentadoria em praticamente 30%, pois ainda tem a vergonha deste equacionamento incidir em Imposto de Renda sobre um dinheiro que eles deduzem do nosso salário. A gente paga Imposto de Renda sobre isso. A gente paga plano de saúde em cima disso”, conta Giocoeli T.A. Reis, aposentada da CEF, ativista em defesa dos participantes da Funcef.

Segundo Giocoeli, a petição foi recebida pelos dirigentes da Caixa Econômica Federal com muito respeito e toda a situação foi esclarecida pelo grupo para os membros do banco público. Ela espera que um governo trabalhista encare a situação de outra maneira, mesmo ressaltando que seu grupo não é partidário e que o crônico problema não é responsabilidade de governo A ou B.

“Nós trabalhamos na Caixa por 30, 35, 40 anos. Quem está na rua hoje (protestando) são idosos. De cabeça branca, defendendo os aposentados e os empregados da ativa. É uma luta digna, justa. Não queremos privilégio, nem favor de ninguém. Queremos o que é nosso”.