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Transportes

IPCA registrou aumento de 0,23% em agosto

O resultado ficou abaixo da mediana das previsões de analistas do mercado financeiro, que apontava avanço de 0,28%.

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12 de setembro de 2023
Vinicius Palermo
IPCA registrou aumento de 0,23% em agosto
Os transportes interferiram no resultado do IPCA.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou agosto com alta de 0,23%, ante uma elevação de 0,12% em julho, informou na terça-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo da mediana das previsões de analistas do mercado financeiro, que apontava avanço de 0,28%. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,23% a avanço de 0,52%. A taxa acumulada pela inflação no ano até agosto ficou em 3,23%.

O resultado acumulado em 12 meses foi de 4,61% até agosto, ante taxa de 3,99% até julho e ligeiramente abaixo da mediana das projeções de mercado, de 4,66%. O intervalo de previsões, neste caso, ia de 4,27% a 4,76%.

O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um recuo de 0,46% em julho para uma redução de 0,85% em agosto e contribuiu com -0,18 ponto porcentual para a taxa de 0,23% do IPCA de agosto.

A alimentação no domicílio caiu 1,26% em agosto. As famílias pagaram menos pela batata-inglesa (-12,92%), feijão-carioca (-8,27%), tomate (-7,91%), leite longa vida (-3,35%), frango em pedaços (-2,57%) e carnes (-1,90%).

Na direção oposta, ficaram mais caros o arroz (1,14%) e as frutas (0,49%), com destaque para o limão (51,11%) e banana-d’água (4,90%).

A alimentação fora do domicílio subiu 0,22% em agosto. O lanche fora de casa aumentou 0,30%, enquanto a refeição ficou 0,18% mais cara.

Os gastos com Transportes passaram de um aumento de 1,50% em julho para uma elevação de 0,34% em agosto. O grupo contribuiu com 0,07 ponto porcentual para a taxa geral de 0,23% registrada pelo IPCA de agosto. O automóvel novo aumentou 1,71%. Os combustíveis subiram 0,87%, com destaque para a gasolina, que teve uma alta de 1,24%.

O óleo diesel subiu 8,54%, enquanto recuaram os preços do etanol (-4,26%) e do gás veicular (-0,72%). As passagens aéreas tiveram uma redução de 11,69% em agosto. O táxi aumentou 0,43%, devido ao reajuste de 20,19% nas tarifas em Fortaleza a partir do dia 24 de julho.

O ônibus urbano caiu 1,06%, por conta da redução de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte a partir de 8 de julho.

Já o ônibus intermunicipal aumentou 0,85%, por reajustes de 12,90% em Salvador a partir de 10 de agosto; de 6,00% em Porto Alegre a partir de 1º de agosto; e de 7,24% no Recife a partir de 10 de julho.

As famílias brasileiras gastaram 1,11% a mais com habitação em agosto, uma contribuição de 0,17 ponto porcentual para o IPCA. Em julho, o grupo Habitação havia apresentado queda de 1,01% e gerado contribuição negativa de 0,16 ponto porcentual.

A alta no grupo em agosto foi puxada pelo aumento de 4,59% na energia elétrica, uma contribuição de 0,18 ponto porcentual, “influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas do mês anterior”.

Além disso, houve reajustes em quatro áreas: Vitória, de 3,20% a partir de 7 de agosto; Belém, 9,40% a partir de 15 de agosto; São Luís, 10,43% a partir de 28 de agosto; e São Paulo, -1,13% a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,19%, decorrente de reajustes em três áreas: de 5,02% em Brasília a partir de 1º de agosto; de 1,37% em Vitória a partir de 1º de agosto; e de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre a partir de 1º de julho.

O gás encanado caiu 0,68%, com reduções tarifárias em duas áreas de abrangência: Curitiba, de 2,23% a partir de 4 de agosto, e Rio de Janeiro, de 1,70% a partir de 1º de agosto.

Os gastos das famílias com Saúde e Cuidados Pessoais passaram de uma elevação de 0,26%, em julho, para uma alta de 0,58% em agosto, o equivalente a uma contribuição de 0,08 ponto porcentual para o IPCA.

O resultado de agosto foi influenciado pela alta dos itens de higiene pessoal, que passaram de uma queda de 0,37% em julho para um aumento de 0,81% em agosto.

Houve elevação nos preços dos produtos para pele (4,50%) e dos perfumes (1,57%). O plano de saúde aumentou 0,78% em agosto, impacto de 0,03 ponto porcentual sobre o IPCA.