Economia
Renda sobe

Taxa de desemprego fica em 7,9% no trimestre até julho

Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 9,1%. No trimestre móvel até junho, a taxa de desocupação estava em 8,0%.

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31 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
Taxa de desemprego fica em 7,9% no trimestre até julho
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.935 no trimestre encerrado em julho.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,9% no trimestre encerrado em julho, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na quinta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 9,1%. No trimestre móvel até junho, a taxa de desocupação estava em 8,0%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.935 no trimestre encerrado em julho. O resultado representa alta de 5,10% em relação ao mesmo trimestre de 2022, de acordo com o IBGE.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 286,872 bilhões no trimestre encerrado em julho, alta de 6,20% ante igual período do ano passado.

O trimestre encerrado em julho de 2023 mostrou uma geração de 213 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em abril. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, 1,218 milhão de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 37,020 milhões no trimestre até julho, enquanto as que atuavam sem carteira assinada alcançaram 13,229 milhões, 503 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até julho de 2022, foram criadas 154 mil vagas sem carteira no setor privado.

O trabalho por conta própria ganhou 15 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,236 milhões. O resultado significa 637 mil pessoas a menos atuando nessa condição em relação a um ano antes.

O número de empregadores cresceu em 86 mil em um trimestre. Em relação a julho de 2022, o total de empregadores é menor em 80 mil pessoas.

O País teve um aumento de 185 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,879 milhões de pessoas. Esse contingente é 48 mil pessoas maior que no ano anterior.

O setor público teve 311 mil ocupados a mais no trimestre terminado em julho ante o trimestre encerrado em abril. Na comparação com o trimestre até julho de 2022, foram abertas 239 mil vagas.

Nove das dez atividades econômicas registraram contratações no trimestre encerrado em julho. Na passagem do trimestre terminado em abril para o trimestre encerrado em julho, houve geração de vagas na indústria (94 mil), alojamento e alimentação (31 mil), informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (296 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (593 mil), construção (57 mil), outros serviços (41 mil), comércio (65 mil), serviços domésticos (178 mil) e agricultura (58 mil).

Houve demissões apenas em transporte e armazenagem (-80 mil). Em relação ao patamar de um ano antes, as únicas atividades com perdas foram a agricultura, que demitiu 450 mil trabalhadores, a construção, que dispensou 309 mil pessoas, e o comércio, menos 288 mil vagas.

Os demais setores contrataram: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (706 mil trabalhadores a mais), alojamento e alimentação (44 mil), indústria (71 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (608 mil), transporte (207 mil), serviços domésticos (32 mil) e outros serviços (50 mil).

O Brasil registrou uma taxa de informalidade de 39,1% no mercado de trabalho no trimestre até julho de 2023. Havia 38,882 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, mais 793 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. A geração de vagas no mercado de trabalho como um todo no período totalizou 1,303 milhão.

“De fato, a informalidade tem sido importante, como sempre foi, na composição da ocupação, da população ocupada no Brasil”, resumiu Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 503 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 198 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada, de 44 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ e de 60 mil empregadores sem CNPJ. Por outro lado, houve redução de 11 mil de pessoas no trabalho familiar auxiliar.

A população ocupada atuando na informalidade cresceu 2,1% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais recuou em 412 mil pessoas, queda de 1,0%.

O País registrou geração de 1,303 milhão de vagas no mercado de trabalho em relação ao trimestre encerrado em abril, um aumento de 1,3% na ocupação. A população ocupada somou 99,334 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho. Em um ano, mais 669 mil pessoas encontraram uma ocupação.

A população desocupada recuou em 573 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,522 milhões de desempregados no trimestre até julho. Em um ano, 1,360 milhão de pessoas deixaram o desemprego.

A população inativa somou 66,878 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho, 349 mil a menos que no trimestre anterior. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,227 milhões de pessoas.