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IPCA-15 registrou aumento de 0,28% em agosto

A taxa em 12 meses ficou em 4,24% – também no topo do intervalo das projeções, que iam de avanço de 3,98% a 4,24%, com mediana de 4,12%.

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25 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
IPCA-15 registrou aumento de 0,28% em agosto
Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 3,38%% no ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,28% em agosto, após ter recuado 0,07% em julho, informou na manhã de sexta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A mediana das estimativas apontava avanço de 0,16%, com previsões que iam de alta de 0,02% a 0,28%. Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 3,38%% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 4,24% – também no topo do intervalo das projeções, que iam de avanço de 3,98% a 4,24%, com mediana de 4,12%.

As famílias brasileiras gastaram menos com alimentação em agosto. Os preços do grupo alimentação e bebidas passaram de uma queda de 0,40% em julho para uma redução de 0,65% neste mês. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,14 ponto porcentual para a taxa geral de 0,28% do IPCA-15 deste mês. A alimentação no domicílio recuou 0,99% em agosto.

As famílias pagaram menos pela batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%). As carnes já acumulam um recuo de preços de 8,22% no ano. Por outro lado, houve alta de 1,42% nas frutas em agosto.

A alimentação fora do domicílio subiu 0,22% em agosto. O lanche aumentou 0,14%, e a refeição fora de casa teve elevação de 0,35%

Os custos dos Transportes passaram de uma elevação de 0,63% em julho para um aumento de 0,23% em agosto. O grupo Transportes foi responsável por 0,05 ponto porcentual para a formação da taxa de 0,28% registrada pelo IPCA-15 neste mês. O resultado do grupo foi impulsionado pela alta de 2,94% nos preços do automóvel novo.

Os combustíveis também ficaram mais caros: alta de 0,46%. Houve aumento nos preços da gasolina (0,90%) e do gás veicular (1,88%), mas quedas no óleo diesel (-0,81%) e no etanol (-2,55%).

As passagens aéreas ficaram 11,36% mais baratas em agosto, após terem subido 4,70% em julho. O ônibus urbano teve queda de 2,80%, graças à redução de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte a partir de 8 de julho.

Já o ônibus intermunicipal subiu 0,49%, devido aos reajustes de 7,24% no Recife a partir de 10 de julho e de 6,00% em Porto Alegre a partir de 1º de agosto. O táxi aumentou 0,43%, em decorrência do reajuste de 20,19% nas tarifas a partir do dia 24 de julho em Fortaleza.

Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma queda de 0,94% em julho para uma elevação de 1,08% em agosto. A taxa geral do IPCA-15 foi de 0,28% em agosto, após recuo de 0,07% em julho.

O destaque no grupo Habitação foi a alta de 4,59% na energia elétrica residencial, uma contribuição de 0,18 ponto porcentual para o IPCA-15.  O movimento foi influenciado “pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior”.

Além disso, houve reajustes em três áreas de abrangência do índice: de 10,66% em Curitiba a partir de 24 de junho; de 2,92% em Porto Alegre a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e de -1,13% em São Paulo a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.

A taxa de água e esgoto subiu 0,20% em agosto, devido aos reajustes de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre a partir de 1º de julho e de 5,02% em Brasília em 1º de agosto.

O gás encanado recuou 0,31%, com as reduções tarifárias em duas áreas de abrangência: redução média de 1,70% no Rio de Janeiro a partir de 1º de agosto e redução de 2,23% em Curitiba a partir de 4 de agosto.

Os gastos das famílias brasileiras com saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,07% em julho para uma alta de 0,81% em agosto. O movimento de aceleração foi impulsionado pelos itens de higiene pessoal, que passaram de um recuo de 0,71% em julho para uma alta de 1,59% em agosto.

Os preços dos produtos para pele aumentaram 8,57% este mês, após a queda de 4,32% em julho. Os perfumes ficaram 2,94% mais caros em agosto, ante a redução de 1,90% vista em julho.

O resultado geral do IPCA-15 em agosto foi decorrente de altas de preços em dez das 11 regiões pesquisadas.  A taxa mais baixa ocorreu em Belo Horizonte (-0,18%), enquanto a mais acentuada foi registrada em Fortaleza (0,73%).