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Metrô de São Paulo tem plataformas cheias após queda de energia

Um apagão na manhã de terça-feira, 15, afetou o funcionamento de ao menos cinco linhas do Metrô de São Paulo.

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16 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
Metrô de São Paulo tem plataformas cheias após queda de energia
Estação de metrô em São Paulo

Um apagão na manhã de terça-feira, 15, afetou o funcionamento de ao menos cinco linhas do Metrô de São Paulo. A Linha 4-Amarela operou, entre 8h30 e 9h25, com velocidade reduzida e maior tempo de intervalo entre as estações A ocorrência resultou em plataformas cheias de passageiros à espera do transporte.

De acordo com a ViaMobilidade, os passageiros foram orientados por avisos sonoros e por agentes de atendimento e segurança (AAS) nos trens e estações. A operação na linha já se encontra normalizada.

A Linha1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata também registraram falhas pontuais de energia, mas a situação também já está normalizada, conforme consta no site da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).

Em nota, a São Paulo Transporte (SPTrans) disse que a circulação de trólebus não foi afetada.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), uma ocorrência no Sistema Interligado Nacional (SIN) interrompeu 16 mil MW em todas as regiões do País. Até às 10h09 de terça, já tinham sido recompostos 7 mil MW de carga.

O ONS confirmou que às 8h31 houve uma ocorrência no sistema que provocou a separação elétrica das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste, com abertura das interligações entre essas regiões. Houve pelo menos 16 mil MW de interrupção de energia. “A interrupção no Sul e no Sudeste foi uma ação controlada para evitar propagação da ocorrência”, disse em comunicado.

O operador, assim que identificou a situação, iniciou ação conjunta com os agentes para restabelecer a energia nas regiões. “A recomposição já foi iniciada em todas as regiões e estão concluídas nas regiões Sul e Sudeste. Até às 10h09, 7 mil MW já tinham sido recompostos”, afirmou ainda a ONS. As causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas.

Em assembleia realizada na noite de segunda-feira, 14, os metroviários de São Paulo recusaram a proposta do sindicato da categoria de entrar em greve na terça-feira, 15. A paralisação seria um protesto contra o plano do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de terceirizar a manutenção da Linha 15 do Monotrilho e privatizar as linhas do metrô e da CPTM.

A assembleia foi realizada na sede do sindicato, no Tatuapé (zona leste). Na votação, 1.943 metroviários (78,8% do total) votaram contra o início da greve, e 469 (19%) apoiaram a paralisação. Outros 53 profissionais se abstiveram.

“A luta continua e a guerra vai se intensificar”, afirmou a presidente do sindicato, Camila Lisboa, após a votação. A entidade vai promover na terça-feira um ato na estação Barra Funda (zona oeste), e prevê greve para outubro.

A Justiça do Trabalho havia ordenado que, caso entrassem em greve, os metroviários mantivessem 70% dos serviços nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 30% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 100 mil a ser paga pelo Sindicato dos Metroviários.