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Rio Pipeline 2023 reúne líderes do setor de Óleo e Gás

O papel da logística no desenvolvimento dos negócios e sua integração com o processo de transição energética deu o tom do painel inicial do evento.

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09 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
Rio Pipeline 2023 reúne líderes do setor de Óleo e Gás
O presidente do IBP, Roberto Ardenghy, destacou que a 13ª edição da Pipeline será uma jornada de conhecimento rumo ao futuro.

A Rio Pipeline 2023, maior evento do segmento de dutos da América Latina e um dos maiores do mundo, organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), reuniu os principais agentes do setor de óleo, gás e logística na cerimônia de abertura, na terça-feira (08/08), no Expo Mag, no Rio de Janeiro. O papel da logística no desenvolvimento dos negócios e sua integração com o processo de transição energética deu o tom do painel inicial do evento.

O presidente do IBP, Roberto Ardenghy, destacou que a 13ª edição da Pipeline será uma jornada de conhecimento rumo ao futuro. “Nesses três dias, nossa caminhada será em direção à tecnologia, integridade, descarbonização e sustentabilidade”, afirmou Ardenghy, destacando que os 2.200 congressistas inscritos já superam os números da mesma conferência em Calgary, no Canadá.

Para Idarilho Nascimento, Chair da Rio Pipeline 2023, a troca de conhecimento técnico ajudará a explorar o potencial do Brasil no segmento. “Considerando nossa dimensão continental, a necessidade de interiorização do gás natural e a possibilidade de desenvolver outros setores industriais, é nossa missão promover a descarbonização ainda maior na nossa matriz energética. Nossos dutos é que vão permitir esses avanços”, considerou.

Para Angela Regina Livino, presidente interina da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), é fundamental a retomada da indústria com importantes fóruns tradicionais, como a Rio Pipeline. “A EPE vai exibir alguns de seus planos de infraestrutura e logística para o mercado de dutos que buscam garantir um planejamento energético integrado, para desenvolver soluções eficientes e que, juntos, apresentam investimento da ordem de R$ 140 bilhões”, frisou.

O Senador Laércio Oliveira (PP-SE) destacou a importância da nova Lei do Gás para o desenvolvimento da infraestrutura e do mercado nacional. “A partir de 2021, a Lei do Gás colocou o Brasil em um ambiente de negócios diferente, com mais agentes, novos investimentos”.

Já o secretário de Estado de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro e Deputado Federal, Hugo Leal, enfatizou as oportunidades que a transição energética oferece ao segmento logístico. “Estamos num momento de transição em todo o mundo e não podemos esquecer do biometano e do biogás. Temos de estimular novas fontes e investir também em hidrogênio, por exemplo”.

Rodolfo Saboia, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), apontou os desafios que a Rio Pipeline pode ajudar a resolver. “Precisamos amadurecer o mercado e desconcentrar ainda mais, e isso passa pela agenda regulatória da ANP. Temos também que harmonizar a regulação federal com as regulações estaduais e aprimorar as regras para a locação da capacidade de transporte em gasodutos”, identificou.

Durante o primeiro CEO Talks da Rio Pipeline, o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Cláudio Schlosser, destacou a importância da logística de dutos na estratégia da empresa, aliando segurança e sustentabilidade. “Há 30 anos construíamos dutos no litoral. Hoje, com a pujança do agronegócio, apontamos para o centro do país. Criamos um polo de venda em Rondonópolis e batemos recorde de escoamento de diesel para aquela região. O aumento da demanda vai requerer mais investimento e ampliação”, pontuou Schlosser, ressaltando que “o duto é competitivo, seguro, com pegada de carbono 90% menor em comparação com outro modais”.