Edição do Dia
A cervejaria holandesa Heineken teve lucro líquido de 1,16 bilhão de euros no primeiro semestre de 2023, pouco menor do que o ganho de 1,27 bilhão de euros apurado no mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado na segunda-feira (31). O resultado ficou abaixo do lucro de 1,31 bilhão de euros previsto por um analista consultado pela FactSet.
O lucro antes de itens excepcionais e amortização de ativos intangíveis relacionados a aquisição (BEIA, pela sigla em inglês) – uma das métricas preferidas da companhia – recuou 12% na mesma comparação, a 1,15 bilhão de euros.
Por outro lado, a receita da Heineken subiu a 17,44 bilhões no euros no primeiro semestre, ante 13,49 bilhões de euros em igual período de 2022, superando o consenso da FactSet, baseado em quatro estimativas, de 14,91 bilhões de euros.
O CEO da empresa, Dolf van den Brink, disse que a Heineken continua a se concentrar na execução de suas prioridades EverGreen e a investir na criação de valor sustentável de longo prazo. A empresa priorizou e entregou o preço antecipado necessário para compensar a inflação sem precedentes de insumos e custos de energia.
A Europa, região de maior impacto inflacionário, teve queda de volume em linha com as expectativas. A APAC foi consideravelmente mais branda do que o previsto, devido a uma desaceleração econômica e ao próprio baixo desempenho no Vietnã.
A receita líquida (beia) cresceu 6,6% organicamente enquanto o desempenho financeiro no primeiro semestre de 2023 ficou abaixo
expectativas. Isso foi impulsionado principalmente por resultados desafiadores em na região APAC mais lucrativa. Ao mesmo tempo, a Heineken aumentou os investimentos em marketing e vendas em € 0,2 bilhão globalmente para impulsionar o crescimento futuro.
“Nosso portfólio premium, liderado pela marca Heineken®, continuou crescendo fora da Rússia e do Vietnã. Nossas plataformas digitais capturaram € 5,2 bilhões em valor bruto de merchandising, um aumento de 36% em relação ao ano anterior. Estamos avançando bem na integração da Distell e da Namibian Breweries.”
No segundo semestre, a empresa espera que os preços sejam moderados com as tendências de volume melhorando gradualmente para um declínio de um dígito.
Na produtividade, a Heineken prevê uma aceleração significativa face aos € 200 milhões de poupança bruta do primeiro semestre. No geral, a expectativa é que haja uma forte reviravolta no crescimento do lucro operacional (beia) no segundo semestre e para o ano inteiro é esperado um lucro operacional médio de um dígito.
Durante o primeiro semestre de 2023, Heineken focou na execução da estratégia EverGreen para entregar um crescimento superior e equilibrado em um mundo em rápida mudança, enquanto transformou os negócios para estar pronta para o futuro. “Estamos progredindo, ainda que com alguns poucos desafios de prazo dado o contexto económico volátil, com o abrandamento da economia em alguns países e
níveis de inflação sem precedentes.”
O foco tem sido as prioridades EverGreen, começando com o sonho de moldar o futuro da cerveja e além de vencer o coração dos consumidores. “Também estamos moldando o futuro com nossa ambição de nos tornarmos os melhores conectados digitalmente, elevando o nível de sustentabilidade e responsabilidade e evoluindo a cultura, modelo operacional e capacidades.”
Ao mesmo tempo, a Heineken aumentous a produtividade para financiar os investimentos necessários em suas marcas, digitalização, capacidades e sustentabilidade, e melhorar a lucratividade e a eficiência do capital.
“Nossa ambição é oferecer um crescimento superior sustentado com um equilíbrio saudável entre crescimento de volume e valor. Nós apontamos para conseguir isso através do lançamento de propostas de bebidas vencedoras em segmentos de consumo de rápido crescimento, construindo e escalando marcas premium fortes em todos os lugares e desenvolvendo ainda mais nossa pegada geográfica e de portfólio vantajosa.”
Este ano, a Heineken antecipou aumentos de preços significativos, muitas vezes liderando o mercado, para compensar níveis sem precedentes de inflação, de commodities e energia, que impactou o consumo.
