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Vendas do varejo subiram 0,1% em abril

Na comparação com abril de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 0,5% em abril de 2023.

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14 de junho de 2023
Vinicius Palermo
Vendas do varejo subiram 0,1% em abril
As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 3,3% no ano e ficaram estáveis em 12 meses.

As vendas do comércio varejista subiram 0,1% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, informou na quarta-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com abril de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 0,5% em abril de 2023. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 1,1% a avanço de 6,3%, com mediana positiva de 0,8%.

As vendas do varejo restrito acumularam avanço de 1,9% no ano, que tem como base de comparação ao mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve alta de 0,9%.

Quanto ao varejo ampliado – que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício -, as vendas caíram 1,6% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. A queda foi menos intensa que a de 2,0% esperada pelo mercado. As estimativas variavam entre queda de 4,4% e de 0,2%.

Na comparação com abril de 2022, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 3,1% em abril de 2023. Nesse confronto, as projeções variavam de uma redução de 0,5% a expansão de 5,2%, com mediana positiva de 1,8%. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 3,3% no ano e ficaram estáveis em 12 meses.

Após um avanço de 0,1% no volume vendido em abril ante março, o varejo passou a operar 1,9% abaixo do pico alcançado em outubro de 2020, dentro da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em 2000.

Já o varejo ampliado, que recuou 1,6% em abril ante março, está em nível 1,7% aquém do ápice registrado em agosto de 2012.

Apenas os segmentos de artigos farmacêuticos, combustíveis, material de construção e supermercados estão operando acima do patamar pré-crise sanitária.

O segmento de artigos farmacêuticos opera em patamar 23,2% acima do pré-crise sanitária; combustíveis e lubrificantes, 8,3% acima; material de construção, 2,2% acima; e supermercados, 7,1% acima.

Os veículos estão 6,6% aquém do nível de fevereiro de 2020; móveis e eletrodomésticos, 13,1% abaixo; vestuário, 22,1% abaixo; equipamentos de informática e comunicação, 17,8% abaixo; outros artigos de uso pessoal e domésticos, 11,9% abaixo; e livros e papelaria, 38,9% abaixo.

Cinco das oito atividades que integram o comércio varejista registraram perdas nas vendas em abril. As quedas ocorreram em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,2%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), Combustíveis e lubrificantes (-1,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,5%).

Na direção oposta, as atividades com expansão foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2%).

No comércio varejista ampliado – que agora inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício – houve retração de 1,6% em abril ante março. O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou queda de 5,9%, enquanto Material de construção caiu 0,8%.

Com a reformulação periódica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), o desempenho do varejo ampliado com ajuste sazonal inclui os dados do atacado alimentício, nova atividade investigada. No entanto, ainda não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal.

O IBGE explica que é necessário ter uma série histórica mais longa para ter uma base de dados consistente para as divulgações ajustadas sazonalmente.

De acordo com o IBGE, cinco das oito atividades que integram o varejo registraram recuos em abril de 2023 ante abril de 2022. Na média global, o comércio varejista teve uma expansão de 0,5%.

Houve perdas em Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-18,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-11,0%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,7%) e Móveis e eletrodomésticos (-2,4%).

Os segmentos com avanços foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,0%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,1%) e Combustíveis e lubrificantes (8,7%).

No varejo ampliado – que agora inclui os segmentos de veículos, material de construção e atacado alimentício -, as vendas subiram 3,1% em abril de 2023 ante abril do ano anterior. O volume vendido por Veículos, motos, partes e peças caiu 1,9% em relação a abril de 2022, Material de Construção teve recuo de 7,6%, e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo subiu 14,5%.