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Abertura de vagas

Taxa de desemprego sobe nos EUA para 3,7%

A economia dos Estados Unidos gerou 339 mil empregos em maio, informou na sexta-feira, 2, o Departamento do Trabalho.

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03 de junho de 2023
Vinicius Palermo
Taxa de desemprego sobe nos EUA para 3,7%
O presidente dos EUA, Joe Biden, aponta que a taxa de desemprego está abaixo de 4% há 16 meses.

A economia dos Estados Unidos gerou 339 mil empregos em maio, informou na sexta-feira, 2, o Departamento do Trabalho, em publicação do relatório de empregos (payroll) do mês passado. O resultado veio acima da mediana das expectativas dos analistas consultados, de 200 mil. Já a taxa de desemprego subiu de 3,5% em abril para 3,7% em maio, ante projeção de queda a 3,4% dos analistas.

O salário médio por hora teve crescimento de 0,3% em maio, na comparação com abril, em linha com a projeção de analistas. Já na comparação anual, o crescimento foi de alta de 4,3%, ante previsão de alta de 4,4%. A taxa de participação da força de trabalho permaneceu a 62,6% em maio ante abril.

O Departamento do Trabalho ainda revisou a criação de empregos em meses anteriores. Em abril, o número foi revisado de 253 mil a 294 mil vagas geradas, enquanto em março, ele mudou de 165 mil a 217 mil.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, divulgou comunicado no qual celebrou os números do relatório de empregos de maio. Segundo ele, o dado mostra que “o plano econômico está funcionando”.

Biden diz que “hoje é um bom dia para a economia americana e os trabalhadores americanos”, com a criação de 339 mil vagas em maio. Ele nota que foram criados mais de 13 milhões de empregos desde sua posse, em 28 meses, mais que qualquer presidente em todo mandato de quatro anos.

O presidente norte-americano ainda aponta que a taxa de desemprego está abaixo de 4% há 16 meses seguidos, sequência que não ocorria desde os anos 1960.

Biden destaca também a aprovação da lei para suspender o teto, um acordo que protege a recuperação econômica e “todo o progresso feito nos últimos dois anos pelos trabalhadores americanos”.

Ele também se disse “ansioso para assinar o acordo orçamentário bipartidário em lei”, após na noite de quinta-feira o Senado aprovar projeto para suspender o teto da dívida, evitando um default do país.
Segundo o presidente, a votação protegeu o progresso econômico do país, além de ter evitado o primeiro calote da história dos Estados Unidos.

“Nosso trabalho está longe de terminar, mas este acordo é um passo crítico e um lembrete do que é possível quando agimos no melhor interesse de nosso país. Estou ansioso para sancionar este projeto de lei o mais rápido possível e me dirigir diretamente ao povo americano”, disse.

O presidente ainda afirmou que, juntos, os senadores democratas e republicanos demonstraram mais uma vez que “a América é uma nação que paga suas contas e cumpre suas obrigações – e sempre será”. Ele também agradeceu a rapidez com que o presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy, e o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, agiram para a aprovação do projeto de lei.

“Ninguém consegue tudo o que deseja em uma negociação, mas não se enganem: este acordo bipartidário é uma grande vitória para nossa economia e para o povo americano”, disse Biden, mencionando a proteção de pilares centrais, como a criação de empregos, os cuidados com a saúde e segurança das famílias, a reconstrução da infraestrutura e a promoção da energia limpa.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse também estar satisfeita com a aprovação no Senado do aumento do teto da dívida americano, na noite de quinta-feira, 1º. Após iniciar em maio os alertas sobre a possibilidade de um calote do país, Yellen afirma que o acordo bipartidário “preserva a liderança financeira” dos Estados Unidos.

“Estou satisfeita porque, sob a liderança do presidente Joe Biden, o Congresso aprovou uma legislação bipartidária para suspender o limite da dívida e evitar o primeiro calote da história dos Estados Unidos. Essa legislação protege a plena fé e o crédito dos Estados Unidos e preserva nossa liderança financeira, que é fundamental para nosso crescimento econômico e estabilidade”, disse, em comunicado divulgado.

Yellen também disse que o acordo bipartidário “protege contra esforços para reverter a agenda econômica central do presidente – uma que contribuiu para uma recuperação econômica historicamente forte e resiliente”. “O Congresso tem o dever de garantir que os Estados Unidos possam pagar suas contas em dia, e continuo a acreditar firmemente que a plena fé e o crédito dos Estados Unidos nunca devem ser usados como moeda de troca.”

Segundo a secretária do Tesouro americano, o foco agora é continuar cumprindo a agenda econômica do presidente e a implementar efetivamente a Lei de Redução da Inflação.