Edição do Dia
A petrolífera britânica BP divulgou na terça-feira, 2, que teve lucro subjacente de US$ 4,96 bilhões no primeiro trimestre de 2023, abaixo do ganho de US$ 6,25 bilhões apurado no mesmo intervalo do ano passado. O resultado, porém, superou o consenso de 25 analistas levantado pela própria empresa, de US$ 4,27 bilhões. Já o lucro líquido da BP entre janeiro e março ficou em US$ 8,22 bilhões, ante US$ 10,8 bilhões no mesmo período de 2022. A BP também anunciou planos de lançar um programa de recompra de ações no valor de US$ 1,75 bilhão, antes de anunciar resultados do segundo trimestre.
O lucro do custo subjacente de substituição no trimestre foi de US$ 5,0 bilhões, em comparação com os US$ 4,8 bilhões do trimestre anterior. Em comparação com o quarto trimestre de 2022, o resultado reflete um desempenho excepcional de comercialização de gás, um nível mais baixo de atividade de recuperação da refinaria e um resultado de comercialização de petróleo muito forte, parcialmente compensado por menores realizações de líquidos e gás e menores margens de refino.
O fluxo de caixa operacional no trimestre foi de US$ 7,6 bilhões, incluindo um aumento de capital de giro (após o ajuste para perdas com estoques, efeitos contábeis de valor justo e outros itens de ajuste) de US$ 1,4 bilhão.
As despesas de capital no primeiro trimestre foram de US$ 3,6 bilhões. A BP continua esperando gastos de capital, incluindo gastos de capital inorgânico, de US$ 16 a 18 bilhões em 2023.
Durante o primeiro trimestre, a BP completou US$ 2,2 bilhões em recompras de ações do fluxo de caixa excedente. O programa de recompra de ações de US$ 2,75 bilhões anunciado com os resultados do quarto trimestre foi concluído em 28 de abril de 2023.
Durante o primeiro trimestre, a BP também concluiu a recompra de ações de US$ 225 milhões como parte do programa de US$ 675 milhões anunciado em 7 de fevereiro de 2023 para compensar a diluição esperada para o ano inteiro da aquisição de prêmios sob esquemas de participação de funcionários em 2023.
No primeiro trimestre, a BP gerou fluxo de caixa excedente de US$ 2,3 bilhões e pretende executar uma recompra de ações de US$ 1,75 bilhão do fluxo de caixa excedente antes de anunciar seus resultados do segundo trimestre de 2023.
A BP continua comprometida em usar 60% do fluxo de caixa excedente de 2023 para recompra de ações, sujeita à manutenção de uma forte classificação de crédito de grau de investimento.
Com base nas previsões atuais da BP, em torno de US$ 60 por barril Brent e sujeito ao critério do conselho a cada trimestre, a BP espera conseguir recompras de ações de cerca de US$ 4,0 bilhões por ano, no limite inferior de sua faixa de gastos de capital de US$ 14 a 18 bilhões, e têm capacidade para um aumento anual do dividendo por ação ordinária na ordem dos 4%.
A dívida líquida caiu para US$ 21,2 bilhões no final do primeiro trimestre.
Em hidrocarbonetos resilientes, a BP anunciou a entrega segura de seu projeto Mad Dog Fase 2 no Golfo do México. Além disso, o projeto KGD6-MJ offshore da Índia está em fase final de comissionamento com dois poços abertos para escoamento de gás e início de operação total previsto para o segundo trimestre. A BP pretende formar uma nova joint venture com a ADNOC que se concentrará no desenvolvimento de gás, fazendo em conjunto uma oferta não vinculativa de 50% de participação na NewMed Energy como um primeiro passo significativo.
A BP está avançando com a seleção de conceito para Kaskida no Golfo do México e a empresa e seus parceiros confirmaram que irão progredir na avaliação do conceito de desenvolvimento para o projeto Greater Tortue Ahmeyim Fase 2. Durante o trimestre, a BP concluiu o desinvestimento de sua participação na refinaria de Toledo e de seus ativos upstream na Argélia.
Em conveniência e mobilidade, a BP está avançando em sua estratégia – concordando em adquirir a TravelCenters of America, uma das maiores redes de centros de viagens rodoviárias nos Estados Unidos. A empresa também continuou a progredir na sua estratégia de carregamento de VE – assinando um acordo de colaboração estratégica com a Iberdrola em Espanha e Portugal e assinando um acordo de mobilidade global com a Uber.
Em energia de baixo carbono, a BP assinou um acordo para adquirir uma participação de 40% no projeto Viking de captura e armazenamento de carbono (CCS) no Mar do Norte; três projetos de hidrogênio e CCS liderados pela bp no nordeste da Inglaterra foram escolhidos pelo governo do Reino Unido para avançar para o próximo estágio de desenvolvimento; e a BP lançou planos para um cluster de energia verde de baixo carbono na região espanhola de Valência para incluir a produção de hidrogênio verde* em escala mundial na refinaria de Castellón com até 2 GW de capacidade de eletrólise até 2030.
