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Brasil registrou a abertura de 195 mil vagas de emprego em março

Segundo o Caged, o saldo líquido de empregos formais no mês passado dá conta da abertura de 195.171 postos de trabalho.

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27 de abril de 2023
Vinicius Palermo
Brasil registrou a abertura de 195 mil vagas de emprego em março
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, admitiu na quinta-feira, 27, durante entrevista coletiva em que comentou os resultados do Novo Caged relativos a março, que os números vieram com uma pequena surpresa positiva. O saldo líquido de empregos formais no mês passado dá conta da abertura de 195.171 postos de trabalho. Este número é 2,02 vezes maior que os 96.473 vagas que eram esperadas pelos analistas do mercado consultados pelo Projeções Broadcast, com base na mediana do levantamento.

“O número de março deste ano, de alguma forma, creio que ele veio com uma pequena surpresa”, disse o ministro, lembrando que em nas divulgações anteriores havia manifestado suas expectativas, segundo as quais, a retomada das cerca de 14 mil obras que estavam paradas no Brasil fossem surtir efeitos. “Mas não esperava que elas fossem surtir efeitos já em março. Temos obras de transporte de cargas e infraestruturas que estão influenciando o número de março”, disse Marinho.

De acordo com o ministro, a expectativa da sua pasta é a de que o ocorrido em março se estenda para o longo do ano porque o governo federal reiniciou quase todas as obras paradas e que tinham como serem retomadas muito rapidamente.

“Estas são as obras que acredito estarem impactando estes números (de empregos), mas tem as obras paradas que não foram retomadas. Seja na área da Saúde e da Educação. Só na Educação temos quase 4 mil obras paradas. Estas obras precisam de recursos, recomposição de contratos e por isso demoram um pouquinho. Mas elas devem dar sequência em abril, maio e junho e impactar o mercado de trabalho”, disse Marinho.

Ele disse ainda que tem um pacote de obras que está para ocorrer a partir do segundo semestre, que está no orçamento da PEC da Transição, de R$ 75 bilhões de investimentos para este ano e que deve impactar bastante o mercado de trabalho. Neste pacote de obras para o segundo semestre, de acordo com Marinho, está o Minha Casa, Minha Vida, saneamento básico, e outras áreas.

“Olhando para o ano que vem, temos também uma visão otimista sobre o que está começando a acontecer no País porque o Orçamento do ano que vem deve repetir mais R$ 75 bilhões, no mínimo, que estão previstos para este ano”, disse o ministro.

A abertura líquida de 195.171 vagas de trabalho com carteira assinada em março no Caged foi puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 122.323 postos formais, seguido pela construção, que abriu 33.641 vagas.

Na indústria geral houve abertura de 20.984 vagas em março, enquanto houve um saldo positivo de 18.555 postos de trabalho no comércio. Na agropecuária foram fechadas 332 vagas no mês.

No décimo primeiro mês do ano, em 22 das 27 Unidades da Federação foram registrados resultados positivos no Caged. O melhor desempenho foi novamente registrado em São Paulo, com a abertura de 50.768 postos de trabalho. Já o pior resultado foi registrado em Pernambuco, com o fechamento de 5.266 postos de trabalho.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada chegou a R$ 1.960,72. Comparado ao mês anterior, houve redução real de R$ 30,06 no salário médio de admissão, uma queda de 1,51%.