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Bolsas da Europa fecham em baixa, com expectativas de balanços

um indicador da economia alemã deu indício de uma atividade menos robusta do que outros sinais vinham apresentando e influenciou as bolsas.

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24 de abril de 2023
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em baixa, com expectativas de balanços
O dia contou ainda com várias notícias corporativas que tiveram reflexos nas ações nas bolsas

As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa na segunda-feira, 24, iniciando uma semana com grandes expectativas pela divulgação de uma série de balanços na região e nos Estados Unidos. A sessão contou ainda com várias notícias corporativas que tiveram reflexos nas ações. Além disso, um indicador da economia alemã deu indício de uma atividade menos robusta do que outros sinais vinham apresentando.

Ao longo da semana, serão divulgados na Europa balanços de grandes bancos como Santander, Deutsche Bank, Barclays e UBS. Já nos EUA, gigantes de tecnologia como Amazon e Alphabet (controladora do Google) também revelam seus últimos números.

O grupo varejista francês Casino Guichard-Perrachon – controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil – anunciou ter recebido uma oferta de injeção de capital da EP Global. Após reagir inicialmente com um salto de cerca de 4%, a ação do Casino recuou 083% em Paris.

Na mesma cidade, o papel da Vivendi caiu 1,21%, após o conglomerado de mídia francês divulgar sua receita trimestral e revelar que assinou um contrato de opção para a venda de sua editora Editis. Na segunda, a LVMH se tornou a primeira companhia europeia a atingir 500 bilhões de euros em valor de mercado, e teve alta de 0,10%. Em Paris, o CAC 40 caiu 0,04%, aos 7.573,86 pontos.

Em Zurique, a ação do Credit Suisse avançou 0,83%, após o banco suíço informar que voltou a lucrar no primeiro trimestre, uma vez que bilhões de francos suíços em títulos AT1 foram cancelados como parte da aquisição do Credit pelo UBS.

Entre os indicadores, destaque para o índice Ifo de sentimento de empresas alemãs, que avançou pelo sexto mês consecutivo em abril, mas ficou abaixo das expectativas. O pequeno avanço do índice de sentimento de empresas da Alemanha, de 93,2 em março para 93,6 em abril, pode refletir a recente resiliência da economia diante das altas de juros, mas a pesquisa do Ifo é desanimadora se comparada aos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) divulgados na semana passada, avalia a Capital Economics.

O dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel afirmou que a autoridade monetária não descarta uma alta de 50 pontos-base nos juros no encontro de maio, a depender da evolução dos indicadores macroeconômicos. “Eu diria que está claro que mais aumentos de juros são necessários, mas o tamanho dos aumentos de juros dependerá dos dados recebidos”, explicou.

Schnabel argumentou que ainda é muito cedo para “declarar vitória” contra a inflação na zona do euro.  Segundo ela, o núcleo inflacionário deve atingir o pico nos próximos meses. “Se o núcleo da inflação está atingindo um pico, mas permanece muito alto e muito persistente, o conteúdo de informação desse ponto de dados pode ser relativamente limitado”, ponderou. A dirigente acrescentou não ver sinais de uma recessão no horizonte do bloco europeu, apesar das incertezas relativas ao setor bancário.

Em Frankfurt, o DAX recuou 0,11%, aos 15 863,95 pontos. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,75%, aos 27.537,07 pontos. Já em Londres, o FTSE 100 caiu 0,02%, aos 7.912,20 pontos. Em Madri, o IBEX 35 recuou 0,01%, aos 9.415,00 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,03%, aos 6.198,61 pontos. Neste cenário, o Stoxx 600 caiu 0,02%, aos 468,90 pontos.