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Volume de serviços subiu 1% em setembro

Na comparação com setembro do ano anterior, houve elevação de 4,0% em setembro de 2024, já descontado o efeito da inflação.

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13 de novembro de 2024
Vinicius Palermo
Volume de serviços subiu 1% em setembro
A taxa acumulada no ano - que tem como base de comparação ao mesmo período do ano anterior - foi de elevação de 2,9%.

O volume de serviços prestados subiu 1,0% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou nesta quarta-feira, 13, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com setembro do ano anterior, houve elevação de 4,0% em setembro de 2024, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões também vieram no teto das projeções, que eram de elevação de 1,8% a 4,0%, com mediana positiva de 3,4%.

A taxa acumulada no ano – que tem como base de comparação ao mesmo período do ano anterior – foi de elevação de 2,9%. Em 12 meses, os serviços acumulam alta de 2,3%.

A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 1,1% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro de 2023, houve avanço de 8,4% na receita nominal.

A conjuntura econômica favorável potencializa o crescimento do setor de serviços, mas não explica a totalidade do bom desempenho recente do segmento, avaliou Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Elementos conjunturais favoráveis, como o mercado de trabalho aquecido e a inflação sob controle, influenciam positivamente o consumo de serviços, mas não são determinantes para o avanço, disse Lobo. “A questão conjuntural potencializa o crescimento do setor de serviços, mas existem outras características inerentes ao setor”, explicou.

Em setembro, houve impacto positivo de fatores pontuais, como a realização do festival de música Rock in Rio, mas também de fatores sazonais, como a edição de livros com vistas ao próximo ano letivo, e de fatores recorrentes, como o bom desempenho do segmento de tecnologia da informação, enumerou o pesquisador.

“A gente teve um evento importante que foi a realização de um festival musical de grandes proporções no Rio de Janeiro, que foi o Rock in Rio”, citou o pesquisador, lembrando que o evento impactou o desempenho dos serviços prestados às famílias, mas também a média geral dos serviços. “O Rock in Rio está entre os principais impactos positivos para explicar esse crescimento de 1,0% do resultado global do setor de serviços este mês.”

Quatro das cinco atividades de serviços registraram avanços na passagem de agosto para setembro. Houve aumentos em serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%); informação e comunicação (1,0%); transportes (0,7%) e serviços prestados às famílias (0,4%). O único recuo foi em outros serviços (-0,3%).

De acordo com o IBGE, também quatro das cinco atividades de serviços registraram avanços em setembro de 2024 em relação a setembro de 2023. O volume do setor de serviços teve uma alta de 4,0%, a sexta taxa positiva consecutiva.

O único recuo ocorreu em transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com queda de 1,0%. Houve avanços em informação e comunicação (9,2%), profissionais, administrativos e complementares (6,1%), serviços prestados às famílias (5,0%) e outros serviços (4,3%).

O índice de difusão – que mostra o porcentual de serviços com crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior – passou de 57,8% em agosto para 60,2% em setembro.

O setor de serviços operava em setembro em patamar recorde da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2011. Os Serviços prestados às famílias estavam 6,8% abaixo do pico de maio de 2014, enquanto os serviços de informação e comunicação operavam em patamar recorde em setembro.

Os Serviços profissionais, administrativos e complementares estavam 4,5% abaixo do ápice de março de 2012, e os Transportes funcionavam em patamar 7,6% abaixo do ápice registrado em março de 2023. O segmento de Outros serviços estava 11,4% aquém do auge de janeiro de 2012.

Com a alta de 1,0% no volume de serviços prestados no País em setembro ante agosto, o setor funcionava em patamar 16,4% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitária no País, conforme os dados do IBGE.

Em setembro, os transportes operavam 17,5% acima do nível pré-pandemia de covid-19, enquanto os serviços prestados às famílias estavam 2,2% acima do patamar de fevereiro de 2020.

Os serviços de informação e comunicação estão 27,3% acima do pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 2,5% acima. Os serviços profissionais e administrativos estão 20,1% acima do patamar de fevereiro de 2020.

O IBGE revisou o desempenho do volume de serviços prestados em agosto ante julho, de uma queda de 0,4% para uma redução de 0,3% A taxa de julho ante junho foi revista de alta de 0,2% para aumento de 0,3%.

O agregado especial de Atividades turísticas cresceu 0,5% em setembro. Houve avanços em seis dos 17 locais pesquisados, sendo a contribuição positiva mais relevante a do Rio de Janeiro, com elevação de 14,9%, devido à realização do festival musical Rock in Rio.

O segmento de atividades turísticas opera 8,1% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, e 0,2% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Na comparação com setembro de 2023, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 2,2% em setembro de 2024, quarto resultado positivo consecutivo, impulsionado pelo aumento na receita de restaurantes, espetáculos teatrais e musicais, agências de viagens, transporte aéreo de passageiros e serviços de reservas relacionados a hospedagens.