As vendas do comércio varejista caíram 0,4% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda foi mais intensa do que a apontada pela mediana das estimativas de analistas do mercado ouvidos pela reportagem, de 0,2%. O intervalo das previsões ia de queda de 1,0% a uma alta de 0,5%.
Na comparação com novembro de 2023, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,7% em novembro de 2024, idêntica à mediana das previsões. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 1,6% a alta de 6,5%.
As vendas do varejo restrito acumularam alta de 5,0% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve alta de 4,6%.
Quanto ao varejo ampliado – que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício -, as vendas caíram 1,8% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal. A queda foi mais intensa que a apontada pela mediana das estimativas do mercado (-0,4%). O intervalo de estimativas ia de queda de 2,3% a alta de 0,4%.
Na comparação com novembro de 2023, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 2,1% em novembro de 2024 – bem menos que a expectativa apontada pela mediana das projeções, de alta de 4,5%. Nesse confronto, as projeções variavam de uma elevação de 0,9% a 6,9%. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 4,4% no ano e aumento de 4,0% em 12 meses.
Cinco das oito atividades que integram o comércio varejista registraram quedas nas vendas em novembro ante outubro. Segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na média global, o volume vendido encolheu 0,4%.
Houve perdas em Móveis e eletrodomésticos (-2,8%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-2,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%).
Na direção oposta, os avanços ocorreram em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%), Combustíveis e lubrificantes (1,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (1,4%).
No comércio varejista ampliado – que inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício – houve queda de 1,8% em novembro ante outubro. O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou redução de 7,6%, Material de construção caiu 1,4%, e Atacado alimentício encolheu 4,9%.
De acordo com o IBGE, também cinco das oito atividades que integram o varejo registraram avanços em novembro de 2024 ante novembro de 2023. Na média global, o comércio varejista teve uma expansão de 4,7%.
Houve avanços em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (10,2%), Tecidos, vestuário e calçados (8,0%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,4%) e Combustíveis e lubrificantes (1,7%). A atividade de Móveis e eletrodomésticos registrou estabilidade (0,0%).
Na direção oposta, houve recuos em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-10,6%).
No varejo ampliado – que inclui os segmentos de veículos, material de construção e atacado alimentício -, as vendas subiram 2,1% em novembro de 2024 ante novembro do ano anterior. O volume vendido por Veículos, motos, partes e peças subiu 4,5%, Material de Construção teve alta de 3,2%, e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo caiu 11,7%.
Após a queda de 0,4% no volume vendido em novembro ante outubro, o varejo passou a operar 0,4% abaixo do patamar recorde de vendas, alcançado no mês imediatamente anterior, em outubro de 2024.
O varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício e que encolheu 1,8% em novembro ante outubro, operava em patamar 1,8% aquém do recorde na série histórica, alcançado também em outubro de 2024.
De acordo com o IBGE, o volume de vendas do varejo chegou a novembro de 2024 em patamar 9,3% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, as vendas operam 5,1% acima do pré-pandemia.
Os segmentos de artigos farmacêuticos, supermercados, veículos, combustíveis e material de construção estão operando acima do patamar pré-crise sanitária.
O segmento de artigos farmacêuticos opera em patamar 43,7% acima do pré-crise sanitária; supermercados, 12,3% acima; veículos, 11,8% acima; combustíveis e lubrificantes, 10,2% acima; e material de construção, 8,7% acima.
Os equipamentos de informática e comunicação estão 7,4% abaixo do nível de fevereiro de 2020; móveis e eletrodomésticos, 7,5% abaixo; outros artigos de uso pessoal e domésticos, 8,1% aquém; tecidos, vestuário e calçados, 15,4% abaixo; e livros e papelaria, 47,5% abaixo.