A Vale concluiu a descaracterização do Dique 1A do Sistema Conceição, localizado em Itabira (MG), informou a companhia nesta sexta-feira, 11, em comunicado ao mercado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Essa é a 16ª estrutura a montante eliminada pela Vale, que completa, portanto, 53% do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante, disse a empresa. As obras de descaracterização foram finalizadas antes do prazo previsto inicialmente, dezembro de 2024.
A partir de agora, a descaracterização passará pelo processo de avaliação e validação dos órgãos competentes, conforme legislação aplicável. As ações previstas no plano de recuperação ambiental da área estão em andamento, segundo o comunicado.
As barragens 5-Mutuca, localizada em Nova Lima (MG), e Dique de Pedra, localizada em Ouro Preto (MG), tiveram seus níveis de emergência retirados pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Ambas as estruturas receberam Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva, atestando a sua segurança.
Com essas duas estruturas, 15 barragens da empresa deixaram o nível de emergência desde 2022. Das 16 que ainda mantêm algum nível de emergência, nenhuma delas opera recebendo mais rejeitos. Além disso, todas as barragens construídas pelo método a montante estão em processo de descaracterização. As estruturas são monitoradas permanentemente e recebem ações contínuas para aprimorar a segurança.
A barragem 5-Mutuca possui um reservatório de aproximadamente 523 mil m² e foi construída pelo método de alteamento a jusante. Ela está ativa, recebendo sedimentos de estruturas próximas, mas não recebe mais rejeitos. A estrutura passou por investigações geotécnicas e ensaios de laboratório, confirmando as condições de segurança e estabilidade do barramento, viabilizando a retirada de nível de emergência e a obtenção da Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva.
Dique de Pedra – A barragem Dique de Pedra possui um reservatório de aproximadamente 65 mil m² e foi construída pelo método de etapa única. Ela está inativa e não recebe rejeitos. A estrutura passou por adequações e as novas avaliações do Engenheiro de Registros (EoR), confirmaram a condição de segurança favorável da barragem, resultando na emissão da Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva e na retirada do nível de emergência.
A Vale tem trabalhado fortemente para aprimorar a gestão e segurança das suas barragens e contribuir para um ciclo mais sustentável da mineração no Brasil, mais seguro para as pessoas, para o meio ambiente e para seus empregados.
Desde 2019, a empresa investiu mais de R$ 9 bilhões no Programa de Descaracterização de Estruturas a Montante. Das 30 estruturas contempladas no Programa, 15 já foram eliminadas e a meta é não ter nenhuma barragem em nível máximo de emergência até 2025.
Em maio deste ano, a barragem B3/B4, em Macacos, Nova Lima (MG), foi 100% descaracterizada e se tornou a primeira barragem da Vale a ser eliminada após entrar em nível 3 de emergência. A empresa investiu mais de R$ 80 milhões no desenvolvimento de tecnologias, para garantir que as obras de descaracterização da barragem B3/B4 ocorressem com a máxima segurança para as pessoas e o meio ambiente.
Em agosto, a barragem Sul Superior, localizada na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), teve o seu nível reduzido de 3 para o nível 2 no Sistema Integrado de Gestão de Barragem de Mineração (SIGBM) da Agência Nacional de Mineração (ANM).
Além disso, a Vale aderiu ao Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM), que tem o objetivo de garantir dano zero às pessoas ou ao meio ambiente durante todo o ciclo de vida das barragens. Lançado em 2020, a partir de uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) e do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), foi o primeiro padrão global do setor mineral e um marco mundial para a segurança de barragens.
As principais barragens da Vale são monitoradas 24 horas por dia e 7 dias por semana pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa, além de receberem inspeções regulares de equipes internas e externas, que agem prontamente quando são necessárias ações preventivas ou corretivas.