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Taxa de desemprego fica em 6,8% no trimestre até julho

Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,9%, de acordo com o IBGE.

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30 de agosto de 2024
Vinicius Palermo
Taxa de desemprego fica em 6,8% no trimestre até julho
A taxa de desocupação de 6,8% registrada no trimestre terminado em julho de 2024 foi o menor resultado para esse período do ano em toda a série histórica

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,8% no trimestre encerrado em julho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã de sexta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,9%. No trimestre encerrado em junho de 2024, a taxa de desocupação estava em 6,9%.

A taxa de desocupação de 6,8% registrada no trimestre terminado em julho de 2024 foi o menor resultado para esse período do ano em toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo IBGE.

O resultado de julho de 2024 representou ainda o menor patamar de desemprego desde o trimestre móvel terminado em dezembro de 2014, quando a taxa foi de 6,6%. No trimestre encerrado em junho de 2024, a taxa foi de 6,9%. No trimestre terminado em julho de 2023, a taxa estava em 7,9%.

O País registrou um recorde de 102,031 milhões de trabalhadores ocupados no trimestre terminado em julho, segundo os dados da Pnad Contínua.

Houve uma abertura de 1,227 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. Em um ano, o contingente de ocupados aumentou em 2,687 milhões de pessoas.

Já a população desocupada diminuiu em 783 mil pessoas em um trimestre, totalizando 7,431 milhões de desempregados no trimestre até julho. A população desocupada somou o menor contingente desde o trimestre terminado em janeiro de 2015. Em um ano, 1,090 milhão de pessoas deixaram o desemprego no País.

A população inativa somou 66,741 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho, 81 mil inativos a menos que no trimestre anterior. Em um ano, houve diminuição de 129 mil pessoas.

O nível da ocupação – porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – passou de 57,3% no trimestre encerrado em abril para 57,9% no trimestre até julho, o maior para esse período do ano desde 2014. No trimestre terminado em julho de 2023, o nível da ocupação era de 56,9%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.206 no trimestre encerrado em julho. O resultado representa alta de 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 322,398 bilhões no trimestre até julho, alta de 7,9% ante igual período do ano anterior.

O Brasil registrou contingente recorde de trabalhadores ocupados tanto no setor privado quanto no setor público no trimestre terminado em julho. O trimestre encerrado em julho mostrou uma abertura de 353 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em abril.

Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, 1,546 milhão de vagas foram criadas no setor privado.

O total de pessoas com carteira assinada no setor privado subiu a 38,542 milhões de trabalhadores no trimestre até julho, um recorde na série histórica iniciada em 2012. Já o contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado aumentou a 13,916 milhões de pessoas, também um ápice da série histórica. O resultado significa 378 mil de vagas a mais nessa condição do que no trimestre anterior.

Em relação ao trimestre até julho de 2023, foram criadas 689 mil vagas sem carteira no setor privado
O trabalho por conta própria perdeu 22 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,428 milhões de trabalhadores. O resultado representa 164 mil pessoas a mais trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O número de empregadores aumentou em 96 mil em um trimestre, para 4,252 milhões de pessoas. Em relação a julho de 2023, o total de empregadores teve um aumento de 47 mil empregadores.

O País teve uma queda de 35 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,833 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 45 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior.

O setor público teve 424 mil pessoas a mais no trimestre terminado em julho ante o trimestre encerrado em abril, para um recorde de 12,695 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até julho de 2023, foram abertas 436 mil vagas no setor público.

A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 23,475 bilhões no período de um ano, para R$ 322,398 bilhões, uma alta de 7,9% no trimestre encerrado em julho de 2024 ante o trimestre terminado em julho de 2023.

Na comparação com o trimestre terminado em abril de 2024, a massa de renda real subiu 1,9% no trimestre terminado em julho, R$ 6,036 bilhões a mais.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,7% na comparação com o trimestre até abril, R$ 22 a mais, para R$ 3.206. Em relação ao trimestre encerrado em julho de 2023, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 4,8%, R$ 148 a mais.

A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 1,7% no trimestre terminado em julho ante o trimestre encerrado em abril. Já na comparação com o trimestre terminado em julho de 2023, houve elevação de 9,3% na renda média nominal.

O País registrou uma taxa de informalidade de 38,7% no mercado de trabalho no trimestre até julho de 2024. Havia 39,446 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período.

Em um trimestre, 411 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. O total de vagas no mercado de trabalho como um todo no período cresceu em 1,227 milhão de postos de trabalho. Ou seja, o avanço no emprego foi majoritariamente impulsionado pela geração de postos de trabalho formais, confirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 378 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 10 mil empregadores sem CNPJ, de 20 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada e de 32 mil pessoas atuando no trabalho familiar auxiliar. Porém, o mercado registrou enxugamento de 28 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ.

A população ocupada atuando na informalidade cresceu 1,1% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais aumentou em 523 mil pessoas, alta de 1,3%.