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Informalidade

Taxa de desemprego fica em 6,6% no trimestre até agosto

Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,8, de acordo com dados do IBGE.

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27 de setembro de 2024
Vinicius Palermo
Taxa de desemprego fica em 6,6% no trimestre até agosto
O País registrou um recorde de 102,517 milhões de trabalhadores ocupados no trimestre terminado em agosto.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,6% no trimestre encerrado em agosto, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,8%. No trimestre encerrado em julho de 2024, a taxa de desocupação estava em 6,8%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.228 no trimestre encerrado em agosto. O resultado representa alta de 5,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 326,205 bilhões no trimestre até agosto, alta de 8,3% ante igual período do ano anterior.

O País registrou um recorde de 102,517 milhões de trabalhadores ocupados no trimestre terminado em agosto. Houve uma abertura de 1,186 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. Em um ano, o contingente de ocupados aumentou em 2,862 milhões de pessoas.

Já a população desocupada diminuiu em 502 mil pessoas em um trimestre, totalizando 7,281 milhões de desempregados no trimestre até agosto. A população desocupada somou o menor contingente desde o trimestre terminado em janeiro de 2015. Em um ano, 1,130 milhão de pessoas deixaram o desemprego no País.

A população inativa somou 66,526 milhões de pessoas no trimestre encerrado em agosto, 321 mil inativos a menos que no trimestre anterior. Em um ano, houve diminuição de 268 mil pessoas na inatividade.

O nível da ocupação – porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – passou de 57,6% no trimestre encerrado em maio para 58,1% no trimestre até agosto, o maior para esse período do ano desde 2013. No trimestre terminado em agosto de 2023, o nível da ocupação era de 57,0%.

Nove das dez atividades econômicas registraram contratações no trimestre encerrado em agosto. Na passagem do trimestre terminado em maio para o trimestre encerrado em agosto, houve redução na ocupação apenas em serviços domésticos, menos 6 mil trabalhadores. Houve geração de postos de trabalho em informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (153 mil), transporte e armazenagem (55 mil), indústria, (145 mil), agricultura, pecuária e aquicultura (63 mil), comércio (368 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (194 mil), construção (109 mil), outros serviços (93 mil) e alojamento e alimentação (9 mil).

Em relação ao patamar de um ano antes, houve contratações no comércio (486 mil), indústria (526 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (614 mil trabalhadores a mais), construção (370 mil pessoas), outros serviços (293 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (699 mil) e transporte (325 mil). Agricultura dispensou 354 mil pessoas, serviços domésticos perderam 66 mil ocupados, e alojamento e alimentação demitiram 21 mil.

O País registrou contingente recorde de trabalhadores ocupados tanto no setor privado quanto no setor público no trimestre terminado em agosto. O trimestre encerrado em agosto mostrou uma abertura de 317 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em maio. Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, 1,431 milhão de vagas com carteira foram criadas no setor privado.

O total de pessoas com carteira assinada no setor privado subiu a 38,642 milhões de trabalhadores no trimestre até agosto, um recorde na série histórica iniciada em 2012. Já o contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado aumentou a 14,239 milhões de pessoas, também um ápice da série histórica. O resultado significa 565 mil de vagas a mais nessa condição do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até agosto de 2023, foram criadas 1,037 milhão de vagas sem carteira no setor privado.

O trabalho por conta própria perdeu 78 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,395 milhões de trabalhadores. O resultado representa o mesmo número de pessoas trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O número de empregadores aumentou em 92 mil em um trimestre, para 4,294 milhões de pessoas. Em relação a agosto de 2023, o total de empregadores teve um aumento de 83 mil empregadores.

O País teve uma queda de 7 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,812 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 76 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior.

O setor público teve 221 mil pessoas a mais no trimestre terminado em agosto ante o trimestre encerrado em maio, para um recorde de 12,755 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até agosto de 2023, foram abertas 523 mil vagas no setor público.

O Brasil registrou 3,131 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em agosto, segundo os dados da Pnad Contínua. A população desalentada desceu assim ao menor contingente registrado desde o trimestre encerrado em maio de 2016.

O País tinha 195 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em maio, um recuo de 5,9%. Em um ano, 442 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 12,4%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

O País registrou uma taxa de informalidade de 38,8% no mercado de trabalho no trimestre até agosto de 2024. Havia um recorde de 39,826 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período, segundo os dados da Pnad Contínua.

Em um trimestre, 694 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. O total de vagas no mercado de trabalho como um todo no período cresceu em 1,186 milhão de postos de trabalho.

Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 565 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 63 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada e de 76 mil pessoas atuando no trabalho familiar auxiliar.

Porém, o mercado registrou enxugamento de 7 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ e de 3 mil empregadores sem CNPJ.

A população ocupada atuando na informalidade cresceu 1,8% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais aumentou em 842 mil pessoas, alta de 2,2%.