A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSB, Tabata Amaral, criticou as obras emergenciais realizadas pela gestão do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) na cidade. A declaração foi feita em sabatina à Rádio Eldorado.
A deputada federal relembrou as investigações que têm sido feitas pelo Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM). Um suposto conluio é apontado em ao menos 223 dos 307 contratos, por conta de indícios de combinação de preços. A reportagem divulgada pelo UOL na última segunda-feira, 2, detalha que foram gastos mais de R$ 4,3 bilhões.
“São obras sem licitação, sem transparência, com superfaturamento. São oito vezes mais do que foi feito no auge da pandemia, quando havia os hospitais de campanha emergentes de fato”, afirma a candidata. “A Prefeitura não tem plano para 700 dos 800 pontos críticos de deslizamento. E fica fazendo obra sem necessidade.”
Em relação às pessoas que vivem em regiões arriscadas, Tabata afirma que pretende priorizar esses casos em seu programa de habitação. Segundo ela, onde não for possível fazer uma intervenção, haverá uma alocação social custeada parcialmente pela Prefeitura.
A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSB, Tabata Amaral, afirmou que sua eventual gestão contará com uma série de programas voltados para o empreendedorismo. Um deles é o acesso de R$ 500 a R$ 5 mil para quem abre seu pequeno negócio. Ela deu a declaração em sabatina promovida pela Rádio Eldorado.
A iniciativa seria feita em parceria com o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB). Ele foi fiador da candidatura de Tabata ao lado do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços Geraldo Alckmin (PSB), que deve aparecer na TV de maneira surpreendente em breve, de acordo com a candidata.
Tabata ressalta que a relação com o governo federal é mais próxima do que com o estadual, de Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Para poder financiar a expansão de vagas em tempo integral, primeiro em 50% e depois 100%, vamos precisar do repasse do Ministério da Educação, do ministro Camilo Santana (PT)”, afirma.
Já sobre as creches, ela acredita que as parcerias público-privadas (PPP) são fundamentais para aumentar a qualidade de ensino. Atualmente, mais da metade das vagas são viabilizadas por conta dessas empresas.
No entanto, a candidata aponta que há alguns problemas no modelo. “Nas parcerias, os profissionais têm uma formação menor, recebem salários menores. Outra coisa é trazer um padrão, exigindo a mesma qualidade entre escola da prefeitura e escola de empresa parceira”, diz.
A candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo se comprometeu de que metade de seu secretariado será composto por mulheres. Segundo ela, as mulheres são as primeiras a acordarem sobre o extremismo de candidatos como Pablo Marçal (PRTB) nas pesquisas. “Não é brincadeira quando a gente fala de um candidato que já foi condenado, preso, só foi solto porque entregou os seus comparsas, e que a gente sabe que tem inúmeras ligações com o crime organizado”, diz.
Em relação à sua posição na corrida eleitoral, a deputada federal disse que seu principal obstáculo é o fato de ainda ser pouco conhecida. “Eu larguei em quinto lugar, passei o Datena e agora estou em quarto. Isso se confirmou ontem (terça-feira, 3).”