Economia
Avanços

Produção industrial cresceu em 5 dos 15 locais avaliados em agosto

A produção industrial operava em agosto em nível superior ao de fevereiro de 2020 em oito dos 15 locais pesquisados.

Compartilhe:
08 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Produção industrial cresceu em 5 dos 15 locais avaliados em agosto
Na média nacional, a indústria brasileira operava em patamar 1,5% acima do pré-crise sanitária.

A produção industrial cresceu em cinco dos 15 locais pesquisados em agosto ante julho, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 8.

Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve uma retração de 1,0%. As demais perdas ocorreram no Pará (-3,5%), Paraná (-3,5%), Rio Grande do Sul (-3,0%), Pernambuco (-2,2%), Santa Catarina (-1,4%), Espírito Santo (-0,8%), Região Nordeste (-0,8%), Amazonas (-0,7%) e Goiás (-0,4%).

Por outro lado, houve avanços no Ceará (2,7%), Minas Gerais (1,8%), Bahia (0,8%), Mato Grosso (0,8%) e Rio de Janeiro (0,2%) Na média global, a indústria nacional cresceu 0,1% em agosto ante julho.

A produção industrial operava em agosto em nível superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia de covid-19, em oito dos 15 locais pesquisados.

Os parques industriais que superaram o pré-covid foram Mato Grosso (25,1% acima do pré-pandemia), Minas Gerais (15,1% acima), Rio de Janeiro (8,3% acima), Amazonas (6,9% acima), Santa Catarina (5,4% acima), Paraná (3,4% acima), Goiás (3,4% acima) e São Paulo (0,6% acima). Na média nacional, a indústria brasileira operava em patamar 1,5% acima do pré-crise sanitária.

Os locais com nível de produção aquém do pré-covid foram Rio Grande do Sul (-0,3%), Pernambuco (-3,1%), Ceará (-7,2%), Espírito Santo (-9,7%), Pará (-12,4%), Nordeste (-17,4%) e Bahia (-22,9%).

A queda de 1,0% na produção da indústria de São Paulo, em agosto ante julho, exerceu a maior influência negativa sobre a média global da indústria nacional no período.  A retração da produção paulista foi o segundo mês consecutivo de resultados negativos, período em que acumulou uma perda de 2,4%
“Os setores de derivados do petróleo; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos foram os que mais influenciaram a dinâmica da indústria do Estado. Esse resultado deixa a indústria paulista 0,6% acima do seu patamar pré-pandemia e 22,1% abaixo do seu nível mais alto, alcançado em março de 2011”, afirmou Bernardo Almeida, técnico responsável pela pesquisa do IBGE, em nota oficial.

Segundo Almeida, a melhora no mercado de trabalho, com queda na taxa de desemprego e aumento da renda, elevou o poder de compra das famílias, contribuindo para manter a indústria em território positivo em agosto.

“No entanto, fatores como a alta taxa de juros reduzem os efeitos positivos do bom momento do mercado de trabalho. Houve ainda um espalhamento de atividades no campo negativo, o que serve de alerta em relação à atividade industrial nos próximos meses”, justificou o pesquisador do IBGE.