Economia
Pré-sal

Produção de petróleo e gás caiu 0,5% em 2024

Em 2024, a produção média anual de petróleo e gás natural atingiu a marca de 4,322 milhões de boed, contra o recorde de 4,344 milhões de boed de 2023.

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03 de fevereiro de 2025
Vinicius Palermo
Produção de petróleo e gás caiu 0,5% em 2024
No caso do gás natural, a produção foi de 161,13 milhões de m³/d. Crédito: Tânia Rego / ABR

A produção de petróleo e gás natural em 2024 ficou 0,5% abaixo do recorde registrado no ano anterior e somou 4,322 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), segundo dados consolidados divulgados nesta segunda-feira, 3, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Em 2024, a produção média anual de petróleo e gás natural atingiu a marca de 4,322 milhões de boed, contra o recorde de 4,344 milhões de boed de 2023.

No caso do petróleo, foram produzidos 3,358 milhões de barris por dia (bpd) em 2024, volume 1,29% abaixo do recorde observado em 2023 (quando atingiu 3,402 milhões de bpd).

Já a produção de gás natural no ano passado chegou à média anual de 153 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), sendo 2% maior do que a do ano anterior, quando registrou produção de foi de 150 milhões de m³/d.

Em 2024, a maior parte da produção foi proveniente de reservatórios do pré-sal, que representaram, em média, 78,29% da produção nacional de petróleo e gás natural, em barris de óleo equivalente. As produções do pós-sal e terrestre foram responsáveis, em média, por 16,33% e 5,38%, respectivamente, da produção do País.

Em dezembro de 2024, a produção nacional de petróleo foi de 3,421 milhões de bpd, aumento de 3,3% na comparação com novembro e queda de 4,6% em relação a dezembro de 2023.

No caso do gás natural, a produção foi de 161,13 milhões de m³/d, tendo crescido 2,1% frente ao mês anterior e 2,9% comparada ao mesmo mês de 2023. A produção conjunta de petróleo e gás foi de 4,435 milhões de boed, queda de 3% contra dezembro de 2023, confirmou a ANP.

Apesar do aumento de cerca de 6% para o diesel no sábado, 1º de fevereiro, o preço do combustível nas refinarias da Petrobras ainda registra defasagem de 9% em relação ao preço de paridade de importação (PPI), parâmetro que foi abandonado pela empresa em maio de 2023, em prol de uma nova estratégia comercial.

Já a gasolina da estatal, que não teve o preço alterado, segue com defasagem baixa, de 4% no caso da Petrobras, e de paridade na Refinaria de Mataripe, na Bahia, responsável por 14% do mercado de derivados de petróleo no Brasil.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a estatal poderia aumentar o diesel em mais R$ 0,38 por litro para alinhar seus preços ao mercado internacional, e a refinaria privada baiana em R$ 0,22 o litro. Mataripe segue o PPI, porém está mantendo o preço do diesel 6% abaixo da paridade internacional para não perder mercado.