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Opep mantém previsão de alta na demanda global por petróleo em 2024

Para 2025, o cartel também reiterou sua projeção para a demanda mundial, de acréscimo de 1,8 milhão de bpd.

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13 de março de 2024
Vinicius Palermo
Opep mantém previsão de alta na demanda global por petróleo em 2024
No relatório, a Opep cortou em 100 mil barris por dia (bpd) sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora do grupo em 2024

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2024, em 2,2 milhões de barris por dia (bpd), segundo relatório mensal publicado na terça-feira, 12. Para 2025, o cartel também reiterou sua projeção para a demanda mundial, de acréscimo de 1,8 milhão de bpd.

Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) deverá aumentar em torno de 200 mil bpd neste ano e 100 mil bpd no próximo, projeta a Opep. Fora da OCDE, a previsão é de avanços de cerca de 2 milhões de bpd no consumo em 2024 e de 1,7 milhão de bpd em 2025.

No relatório, a Opep cortou em 100 mil barris por dia (bpd) sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora do grupo em 2024, para 1,1 milhão de bpd. Os países que devem mais contribuir para o incremento da oferta em 2024 são EUA, Canadá, Brasil e Noruega, ao passo que Rússia e México deverão responder pelas maiores quedas na produção.

Para 2025, a Opep elevou sua projeção de avanço na oferta global da commodity fora do grupo em 100 mil bpd, a 1,4 milhão de bpd. Ainda no relatório, a Opep informa que sua produção teve alta de 203 mil bpd em fevereiro ante janeiro, para uma média de 26,57 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias.

A Opep manteve previsão de alta em 120 mil barris por dia (bpd) para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil em 2024, para uma média de 4,3 milhões de bpd. Para 2025, a projeção foi elevada a 4,5 milhões de bpd, representando uma alta de 180 mil bpd.

O cartel espera um aumento na produção de petróleo em alguns campos e início de projetos nos campos de Búzios e Atlanta, assim como nos polos de Pampo-Enchova e Vida. “Contudo, o aumento dos custos no mercado offshore e a inflação também podem continuar a atrasar os projetos” e pressionar o crescimento da oferta no curto prazo”, reiterou a Opep.

O relatório também estima que a produção de combustíveis líquidos do Brasil caiu 60 mil bpd em janeiro, a 4,3 milhões de bpd, ampliando a distância do nível recorde. Somente a de petróleo recuou 66 mil bpd no confronto mensal, a 3,5 milhões de bpd.

Já a produção de gás natural liquefeito ficou praticamente estável, em 80 mil bpd, e deve ter permanecido neste nível em fevereiro.

A Opep ainda elevou a projeção para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024, de 1,5% no relatório de fevereiro para 1,6% em março. Para 2025, o cartel manteve previsão de aceleração do crescimento a 1,9%.

Segundo a organização, a queda na taxa de desemprego e a melhora na confiança dos setores de serviços e industrial são “indicadores positivos” para o crescimento neste ano.

Além disso, a Opep prevê que a taxa Selic continuará caindo, embora deva permanecer em nível elevado para controlar a inflação dentro da meta do BC do Brasil.

A Opep também elevou levemente sua projeção de alta do PIB global em 2024, de 2,7% para 2,8%. A organização aumentou também sua previsão de crescimento para este ano dos EUA, de 1,6% para 1,9%, mas manteve a da zona do euro (+0,5%) e da China (+4,8%).

Para 2025, a Opep reafirmou sua projeção para o avanço do PIB global, em 2,9%, assim como para os EUA (+1,7%), zona do euro (+1,2%) e China (+4,6%).