O atual prefeito e candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ironizou a ajuda do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao candidato Guilherme Boulos (PSOL). O prefeito participou da sabatina da TV Record nesta quinta-feira, 10.
Ele citou o fato do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), não ter recebido ajuda do governo federal e não ter ido para o segundo turno na disputa à reeleição.
“Vamos pegar a única capital do Brasil governada pelo PSOL, que é lá em Belém e o prefeito sequer foi para o segundo turno, com 80% de rejeição. Por que o governo federal não ajudou o candidato do PSOL lá?”, questionou ele.
O prefeito e candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que teve dificuldades em apresentar seus feitos na gestão municipal e suas propostas para um eventual segundo mandato, em razão do ‘nível de agressões criado no 1º turno’.
Ele destacou que o trabalho conjunto entre Prefeitura e governo do Estado, capitaneado pelo seu apoiador nessa corrida eleitoral, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem sido fundamental para o sucesso de sua gestão. E apesar de frisar a parceria com o governo do Estado de São Paulo, Nunes disse que “quando houver problema na cidade, nem Lula nem Bolsonaro serão cobrados, será o prefeito”.
Na sabatina, o emedebista voltou a tecer críticas ao adversário deste segundo turno, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). “Boulos só administrou invasões e ocupações, disse, pontuando que nessa disputa, ele é o candidato que “representa a ordem”. “Eu represento a ordem, Boulos representa a desordem.”
E pontuou a diferença de propostas entre os dois: “Defendo polícia armada, Boulos defende a desmilitarização; Boulos defende a liberação de drogas, eu sou contra.”
O atual prefeito e candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo voltou a acenar aos eleitores do candidato derrotado no primeiro turno Pablo Marçal (PRTB), indicando ser o “melhor caminho” para a cidade.
Além dos eleitores de Marçal, Nunes também mandou um recado para os eleitores de Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB). “O eleitor decidiu, no segundo turno, que sou eu e Guilherme Boulos. Agora, a gente fala com os eleitores. Os eleitores do Marçal, Tabata e Datena são muito bem-vindos.”
O prefeito destacou que o eleitor de Marçal encontrará nele o “melhor caminho”. “O que o eleitor de Pablo Marçal tem como característica? Ser de direita. É o que eu represento, o centro e a direita. Tem um campo do eleitor do Pablo Marçal que fala do empreendedorismo e faço, aqui, um reconhecimento: estou fazendo muitas ações de empreendedorismo, mas falo muito pouco. Ele trouxe, dentro deste debate, que é preciso falar mais e colocar de forma mais clara e melhorar minhas ações em relação ao empreendedorismo.”
O atual prefeito e candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo chamou a atenção para o fato do adversário Guilherme Boulos (PSOL) ter sido o mais votado nos presídios.
Ele afirmou que Boulos teve 100% dos votos em alguns presídios. “Tem um dado importante: quem foi o candidato à prefeito mais votado nos presídios? Guilherme Boulos. Teve presídio que ele teve 100% dos votos.”
O atual prefeito e candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo afirmou que aceitará indicação do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) ao seu possível secretariado em um novo mandato. Desde que o nome seja qualificado, emendou, citando o ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
Sobre seu secretariado, Nunes afirmou que terá uma “equipe técnica” e as escolhas serão dele. “Meu secretariado será um secretariado técnico … Tenho uma equipe técnica e não abro mão disso. A escolha do secretário será minha.”
Questionado se Bolsonaro indicará algum secretário assim como indicou o candidato a vice, Mello Araújo (PL), Nunes disse que aceitará se for técnico.
“Vamos supor que ele indique o Paulo Guedes para a Fazenda, é um nome bom. Não fiz acordo de cargo com ninguém, com nenhum dos partidos”, disse ele. “Se ele indicar o Paulo Guedes para a Fazenda, eu aceito”, ressaltou.