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Nunes diz que manifestação de 7/9 é para garantir Estado de Direito

O candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), falou sobre o assunto em sabatina da Rádio Eldorado

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02 de setembro de 2024
Vinicius Palermo
Nunes diz que manifestação de 7/9 é para garantir Estado de Direito
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes

O candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) disse em sabatina da Rádio Eldorado, na manhã de segunda-feira, 2, que a manifestação de 7 de setembro se dá para garantir o Estado de Direito.

A fala foi feita durante a resposta à primeira pergunta sobre o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e o ato de campanha convocado na data para apoiar o impeachment de Alexandre de Moraes, ministro do STF.

Nunes disse que a manifestação é em defesa da liberdade. “Sete de setembro é o que representa de forma contundente a independência e a nossa liberdade. Eu estarei lá dentro desse contexto … Eu estarei ali como um cidadão, defendendo a liberdade e a democracia”, disse.

Sobre o pedido de impeachment, o atual prefeito disse: “Não vou defender impeachment, quem tem que tratar de impeachment são os senadores da República definir se existe algo de errado ou não”.

Questionado sobre a participação de outros candidatos de direita na manifestação de 7 de setembro, em especial Pablo Marçal (PRTB), Nunes negou que Jair Bolsonaro tenha feito o convite para que seu adversário participasse. Segundo o prefeito, o ex-presidente teria apenas deixado as portas abertas para que outros candidatos de direita também participassem do evento.

O candidato à reeleição à prefeitura de São Paulo disse sobre a polêmica fala do seu candidato a vice-prefeito, Ricardo Mello Araújo, sobre ação da Polícia Militar na periferia e em bairros nobres, que foi uma declaração “fora de contexto”.

Nunes defendeu que “não dá para pegar uma fala mal colocada e querer acabar com a vida das pessoas”.
“O que tem de real e concreto é que ele foi premiado por um comportamento de atuar nas áreas mais periféricas. 30 anos de serviço na Polícia Militar, onde a pessoa sai de sua casa e não sabe se vai voltar, nunca houve por parte qualquer transgressão. Ao contrário, é super bem visto”, falou.

O candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo disse que “toda a militância do PSDB” está participando de sua campanha eleitoral. O candidato tucano na corrida eleitoral é o jornalista José Luiz Datena.
Perguntado sobre o apoio de vereadores do partido, o atual prefeito da capital paulista disse que os políticos saíram do PSDB e 100% deles estão de acordo com sua candidatura.

“O que acontece é que eles saíram do PSDB, apesar de ser um partido que tem atuação nos diretórios, era um exemplo de organização partidária. Teve uma intervenção federal, tirou os eleitos, colocou um interventor e aí aconteceu de trazer o Datena pra se filiar em cima da hora sem nenhuma militância”, disse.

O candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo falou também em sabatina promovida pela Rádio Eldorado sobre o debate da TV Gazeta neste domingo, dia 1º. Questionado sobre a falta de apresentação de propostas e as inúmeras ofensas proferidas entre todos os políticos durante a transmissão, o atual prefeito chamou Pablo Marçal (PRTB) de “bandido” e “delinquente”.

Citou uma matéria do portal UOL que divulgou áudios do candidato em esquema de fraudes bancárias. E afirmou que o adversário do PRTB está envolvido com o PCC.

“Se não tivesse uma figura dessa, um delinquente que está envolvido com o PCC, que até o piloto do avião dele está envolvido com o narcotráfico… o problema é que a Justiça Eleitoral acabou aceitando o registro desse PRTB envolvido com o crime organizado, como tem demonstrado as matérias, aí vem um personagem para cena que você não vai tratar um personagem desse com por favor e dá licença”, disse.

O candidato à reeleição disse também que está fazendo uma parceria com a Ambev por um software que, por meio de inteligência artificial, ajuda a detectar as principais áreas em que ocorrem acidentes de trânsito na capital paulista. O objetivo seria realizar esse mapeamento e agir de forma preventiva, de modo a evitar mortes no trânsito.

“Estamos ampliando nossa equipe da CET, o número de monitoramento por câmeras e identificando no mapa as regiões que mais têm incidência, em uma parceria importante que fizemos com a Ambev, em que eles nos passaram um software que, por inteligência artificial, identifica as áreas de possíveis acidentes para podermos ter uma ação preventiva”, disse o prefeito, declarando, em seguida, que não sabia se poderia mencionar o nome da empresa.

Nunes disse que houve um aumento expressivo no número de motocicletas no trânsito de São Paulo, o que, segundo o que ele próprio chamou de “achismo”, pode estar ligado a um possível aumento de entregas de encomendas por aplicativo após a pandemia da covid-19.

O candidato à reeleição criticou também seus adversários pela fiscalização nos serviços da Enel, distribuidora de energia elétrica na capital paulista, e disse que foi o único a se movimentar para tentar punir a concessionária.

Nunes não mencionou o nome dos adversários, mas disse que dois deles são deputados federais – são eles Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB). O prefeito sugeriu que os dois poderiam ter atuado em Brasília para buscar uma forma de punir a Enel, já que essa fiscalização seria feita a nível federal.

“Por coincidência, nessas eleições temos dois deputados federais que estão disputando as eleições. Nenhum dos dois moveu uma palha para tratar desse tema como deve ser tratado, a não ser falarem mentiras de que a culpa é da prefeitura, quando não é, porque o contrato, a fiscalização e a concessão são (de responsabilidade) do governo federal”, disse Nunes.

O prefeito disse ter apresentado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), um projeto de lei para que as prefeituras sejam autorizadas a fiscalizar e multar as concessionárias de energia. A proposta foi entregue em abril deste ano, após algumas regiões de São Paulo terem ficado dias sem energia por falhas na rede distribuidora.

“Espero que tramite. Ele me deu a garantia de que vai priorizar esse tema no Congresso, para que a gente possa mudar a lei. São todas as prefeituras que sofrem, não é só São Paulo”, disse o emedebista.

Nunes participou na segunda da sabatina promovida pela Rádio Eldorado com os candidatos à prefeitura de São Paulo. A sabatina terminou por volta das 9h. O atual prefeito da capital paulista abriu a rodada desta semana, direto dos estúdios da rádio, em São Paulo.

Guilherme Boulos (PSOL) será sabatinado na terça-feira, 3, seguido de Tabata Amaral (PSB) na quarta-feira, 4. O candidato Pablo Marçal (PRTB) foi convidado para participar, confirmou sua presença na quinta-feira da semana passada, mas cancelou menos de 1 hora antes do início da entrevista.