O bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, afirmou que a administração do presidente americano, Donald Trump, pode cortar US$ 1 trilhão do déficit de US$ 2 trilhões que possuem no próximo ano. “Isso vai exigir forte apoio do Presidente, do Congresso e do Judiciário, mas é possível”, disse em conversa no X, nesta segunda-feira, 3.
Segundo ele, se os Estados Unidos conseguirem um crescimento econômico que corresponda a esse valor, “não haverá inflação”.
“As taxas de juros caem, e os preços nas lojas permanecem os mesmos. Esse é um ÓTIMO resultado para as pessoas, e acho que podemos fazer isso”, disse Musk.
Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira pela Fitch Ratings, a alta do dólar em consequência das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevará o custo do pagamento de dívida por países emergentes. A agência de classificação de risco, no entanto, mantém a perspectiva setorial “neutra” para soberanos emergentes, apesar dos riscos.
“Espera que a pressão sobre as classificações seja amplamente semelhante à de 2024, mas a pressão sobre as finanças públicas, a geopolítica e as políticas dos EUA representam riscos”, pondera a Fitch.
Segundo a agência, a perspectiva neutra se alinha amplamente com o equilíbrio das perspectivas de classificação soberana, com oito perspectivas positivas superando ligeiramente quatro perspectivas negativas.
A Fitch projeta que as tarifas terão um efeito adverso sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países emergentes e sobre finanças externas, além de ampliar riscos para a inflação. Além das tarifas, as preocupações do mercado sobre a dívida fiscal dos EUA estão impulsionando o dólar e os custos de pagamento de dívidas para outros países.
“As necessidades de financiamento das economias emergentes precisam ser moderadas, conforme as pressões sobre as contas públicas e os riscos geopolíticos seguem elevados”, alerta a agência. “Esperamos que a política externa dos EUA se torne mais transacional e imprevisível.”
Neste cenário, a Fitch também projeta uma desaceleração do PIB global em 2025, mesmo que bancos centrais mantenham a redução nas taxas de juros.
A National Association of Home Builders (NAHB), uma das maiores associações do setor de construção dos Estados Unidos, emitiu uma nota reclamando das tarifas impostas pelo presidente norte-americano contra os produtos do Canadá e México, dizendo que a medida prejudica a acessibilidade a moradia.
O presidente da NAHB, Carl Harris, afirma que a política tarifária aumentará os custos de moradias.
“Mais de 70% das importações de dois materiais essenciais dos quais os construtores de casas dependem – madeira e gesso (usado para drywall) – vêm do Canadá e do México, respectivamente”, cita ele ao ressaltar o desencorajamento para novos empreendimentos.
E enfatizou na nota: “A NAHB pede que a administração reconsidere essa ação sobre tarifas e continuaremos a trabalhar com os formuladores de políticas para eliminar barreiras que tornam a moradia mais cara e impedem os construtores de aumentar a produção de moradias.”