A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 16ª semana consecutiva, de 5,50% para 5,51% – 1,01 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, era de 4,99%. Considerando apenas as 45 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa caiu de 5,64% para 5,58%.
A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu pela sexta semana seguida, de 4,22% para 4,28%. Um mês antes, estava em 4,03%. Considerando apenas as 41 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção aumentou de 4,26% para 4,28%.
Na última quarta-feira, 29, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 12,25% para 13,25%, e afirmou que a sua decisão é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.” O colegiado voltou a sinalizar que vai elevar os juros em mais 1 ponto, a 14,25%, na sua próxima reunião, em março.
O horizonte relevante do Banco Central é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 4,0%, considerando o cenário de referência. A projeção para o IPCA de 2025 é de 5,2%. O balanço de riscos do comitê está assimétrico para cima.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%, o mesmo nível de quatro semanas atrás. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,73% para 3,74%, o quarto aumento consecutivo, ante 3,50% um mês antes.
A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 ficou estável em 2,06%. Um mês antes, estava em 2,02%. Considerando apenas as 35 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também se manteve em 2,06%.
A estimativa intermediária para 2026 permaneceu em 1,72%. Um mês atrás, era de 1,80%. Levando em conta apenas as 27 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, subiu de 1,55% para 1,72%.
A mediana para o crescimento do PIB de 2027 continuou em 1,96%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável em 2,0%, como já está há 48 semanas.
O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 3,50% em 2024 e 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
As medianas do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 e 2026 permaneceram em R$ 6,00, pela quarta e terceira semanas consecutivas, respectivamente.
A projeção para o fim de 2027 se manteve em R$ 5,93, enquanto a estimativa intermediária para o fim de 2028 oscilou de R$ 5,99 para R$ 6,00.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o Banco Central (BC) espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.