Economia
Gastos

IPCA-15 registrou aumento de 0,62% em novembro

A taxa em 12 meses ficou em 4,77% até novembro. As projeções iam de avanço de 4,35% a 4,79%, com mediana de 4,63%.

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26 de novembro de 2024
Vinicius Palermo
IPCA-15 registrou aumento de 0,62% em novembro
Essa alta foi a mais elevada desde fevereiro de 2024, quando a inflação aumentou 0,78%. C

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,62% em novembro, após ter subido 0,54% em outubro, informou nesta terça-feira, 26, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado anunciado nesta terça, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,35% no ano até novembro.  A taxa em 12 meses ficou em 4,77% até novembro. As projeções iam de avanço de 4,35% a 4,79%, com mediana de 4,63%.

Essa alta foi a mais elevada desde fevereiro de 2024, quando a inflação aumentou 0,78%. Considerando apenas meses de novembro, o resultado foi o mais alto desde 2021, quando houve avanço de 1,17%.
O grupo Alimentação e Bebidas saiu de uma elevação de 0,87% em outubro para uma alta de 1,34% em novembro, resultando numa contribuição de 0,29 ponto porcentual para a taxa geral da inflação. Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram pelo terceiro mês seguido.

A alimentação no domicílio avançou 1,65% em novembro. Houve aumentos no óleo de soja (8,38%), tomate (8,15%) e carnes (7,54%). Por outro lado, as famílias pagaram menos pela cebola (-11,86%), ovo de galinha (-1,64%) e frutas (-0,46%).

A alimentação fora do domicílio aumentou 0,57%. A refeição fora de casa subiu 0,38%, e o lanche avançou 0,78%.

Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 1,72% em outubro para um aumento de 0,22% em novembro, uma contribuição positiva de 0,03 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês.

O item energia elétrica residencial arrefeceu de 5,29% em outubro para 0,13% este mês. O movimento foi puxado pela entrada em vigor da bandeira tarifária amarela em substituição à vermelha patamar 2, a partir de 1º de novembro.

Além disso, houve reajustes tarifários nos seguintes locais: alta de 4,97% em Goiânia a partir de 22 de outubro; redução de 2,98% em Brasília a partir de 22 de outubro; e redução de 2,88% em uma das concessionárias de São Paulo a partir de 23 de outubro.

De acordo com o IBGE, os gastos das famílias brasileiras com Despesas Pessoais passaram de uma elevação de 0,35% em outubro para uma alta de 0,83% em novembro, uma contribuição positiva de 0,08 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês. O avanço de novembro foi puxado pela alta de 4,97% do cigarro.

Segundo o IBGE, o movimento ocorreu devido ao aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros, a partir de 1º de novembro.

Os preços das passagens aéreas aumentaram 22,56% em novembro, fazendo o subitem exercer a maior pressão individual, 0,14 ponto porcentual, sobre a inflação.

O grupo Transportes passou de uma redução de 0,33% em outubro para uma alta de 0,82% em novembro, uma contribuição de 0,17 ponto porcentual para a taxa do IPCA-15 deste mês.

Em novembro, o subitem ônibus urbano aumentou 1,34%. Os combustíveis tiveram ligeira alta de 0,03%. Houve aumentos no gás veicular (1,06%) e na gasolina (0,07%), mas quedas no etanol (-0,33%) e no óleo diesel (-0,17%).

Em São Paulo, foram registradas reduções de -9,40% no trem e no metrô e de -4,44% na integração transporte público.

“Os resultados destes subitens são decorrentes da apropriação da gratuidade concedida a toda população na eleição municipal de outubro e nos dias de realização das provas do ENEM (03/11 e 10/11)”, explicou o IBGE.