A Embraer registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre de 2024 ante R$ 167,1 milhões reportado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido atribuível aos acionistas mais que triplicou na mesma base comparativa, saltando de R$ 304,5 milhões para R$ 991,6 milhões.
Já o lucro líquido por ADS fechou o trimestre em R$ 1,3. Um ano antes, a cifra reportada foi de R$ 0,4145.
O Ebitda ajustado somou R$ 1,976 bilhão entre julho e setembro de 2024. Com isso, o resultado mais que dobrou em relação aos R$ 736,7 milhões registrados no mesmo intervalo de 2023. A margem Ebitda ajustada subiu de 11,7% para 21,1%.
O Ebit ajustado da companhia, por sua vez, atingiu R$ 1,649 bilhão, mais de três vezes maior do que os R$ 496,6 milhões de um ano antes. A margem Ebit ajustada fechou em 17,6% ante 7,9% no terceiro trimestre de 2023.
A companhia atribui a alta no Ebit ajustado à maior lucratividade na Aviação Executiva e Serviços & Suporte. Contudo, destaca que houve um item extraordinário importante, com R$ 831,4 milhões decorrentes do acordo de arbitragem com a Boeing. O montante contribuiu para aumentar a margem Ebit ajustada em cerca de 900 pontos-base, elevando o índice de 8,7% para 17,6%.
As receitas totalizaram R$ 9,4 bilhões entre julho e setembro, com aumento de quase 50% ano contra ano. No release de resultados, a Embraer ressalta as receitas da Aviação Executiva e Defesa & Segurança, com crescimento superior a 85% no comparativo ano a ano, cada uma.
Na aviação comercial, a empresa estima entregar entre 70 e 73 aeronaves (anteriormente de 72 a 80) e na aviação executiva entre 125 e 135 (números inalterados). Na perspectiva financeira, a receita prevista está entre US$6,0 bilhões e 6,4 bilhões, a margem EBIT ajustada ficou entre 9,0% e 10,0% (acima de 6,5% e 7,5%) e o fluxo de caixa livre ajustado alcançou US$ 300 milhões.
No final de setembro, a Fitch Ratings elevou a classificação de risco de crédito da Embraer de “BB+” para “BBB-” com perspectiva estável. Atualmente, tanto a S&P quanto a Fitch classificam a Embraer como Investment Grade (IG). A classificação da Moody’s continua Ba1 (ou seja, um nível abaixo do IG), mas recentemente a perspectiva da empresa foi revisada para positiva.
A Embraer entregou 59 jatos no terceiro trimestre deste ano, 41 jatos executivos (22 leves e 19 médios), 16 jatos comerciais e 2 cargueiros multimissão C-390 Millennium em Defesa & Segurança; resultado 26% acima quando comparado ao trimestre anterior (47 jatos) e 37% acima do mesmo período do ano passado (43 aeronaves).
A carteira total de pedidos atingiu US$ 22,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano – o maior nível dos últimos nove anos, com aumento de mais de 25% na comparação anual e aproximadamente 10% trimestre a trimestre.