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Caixa teve lucro de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre

A carteira de crédito imobiliário, que é a mais representativa, subiu 14,7% no período, para R$ 812,152 bilhões.

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13 de novembro de 2024
Vinicius Palermo
Caixa teve lucro de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre
O presidente da Caixa, Carlos Antonio Vieira

A Caixa Econômica Federal teve lucro líquido recorrente de R$ 3,263 bilhões no terceiro trimestre, segundo balanço divulgado pelo banco. O montante representa alta de 0,7% na comparação com o mesmo período de 2023.

A carteira de crédito da Caixa teve alta de 10,8% em um ano, para R$ 1,209 trilhão. A carteira de crédito imobiliário, que é a mais representativa, subiu 14,7% no período, para R$ 812,152 bilhões.

A margem financeira bruta do banco, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 14,497 bilhões, baixa de 0,2% em um ano. As receitas nas operações de crédito aumentaram 1,1%.

O banco teve retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente de 9,33% no terceiro trimestre, 1,42 ponto porcentual maior que o registrado no mesmo intervalo de 2023. O patrimônio líquido da CEF era de R$ 138,619 bilhões no encerramento do trimestre, crescimento de 10,7% em 12 meses.

Pelo critério contábil, a Caixa teve ROE de 9,85%, aumento de 1,84 ponto no mesmo intervalo comparativo. Os números demonstram a alta no lucro do banco público nestes 12 meses.

Os ativos da Caixa fecharam o terceiro trimestre em R$ 1,196 trilhão, alta de 13,9% no comparativo anual. Além da carteira de crédito, o dado contabiliza a carteira de títulos e valores mobiliários e de derivativos, que chegou a R$ 289,687 bilhões, avanço de 15,7% em um ano.

Estes números não incluem fundos administrados pelo banco, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com estes, o total sobe a R$ 3,482 trilhões, alta de 11,3% em um ano.

A Caixa vai retomar os “poupançudos”, mascotes lançados pelo banco em 2006 para estimular a criação de cadernetas de poupança, especialmente entre crianças. A volta da campanha acontece em um contexto de menor utilização do produto, que ainda é a maior fonte de financiamento para o crédito imobiliário do banco.

A retomada dos mascotes toma como base uma pesquisa feita pelo banco junto ao público, em especial crianças e adolescentes. A “nova geração” foi pensada para atender a critérios de maior diversidade social.

A Caixa deixou de usar os mascotes no começo da década passada. Na campanha, mostrada pelo banco a jornalistas nesta quarta-feira, o foco será não apenas estimular os depósitos em poupança, mas a educação financeira de crianças e adolescentes.

São objetivos que se relacionam com a estratégia do banco público de aumentar o relacionamento com os clientes.

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, afirmou que ao discutir a mudança e o rejuvenescimento da marca, o banco percebeu que a primeira geração dos poupançudos foi “um grande acerto”.