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Caiado e Bolsonaro estarão em palanques opostos no segundo turno de Goiânia

Caiado apoia o colega de partido Sandro Mabel, já Bolsonaro gostaria de ver Fred Rodrigues (PL) na cadeira de prefeito.

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07 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Caiado e Bolsonaro estarão em palanques opostos no segundo turno de Goiânia
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), aliados na política nacional, estarão de lados opostos na disputa pela prefeitura de Goiânia. Caiado apoia o colega de partido Sandro Mabel, já Bolsonaro gostaria de ver Fred Rodrigues (PL) na cadeira de prefeito.

Rodrigues foi para o segundo turno com 31,14%, já Mabel alcançou 27,66% dos votos. O resultado foi um baque para o grupo de Caiado, já que Mabel aparecia em primeiro lugar nas principais pesquisas de intenção de votos.

O governador mergulhou de cabeça na campanha do aliado e já questionou diversas vezes, durante o período eleitoral, a capacidade do candidato do PL de administrar a cidade.

Bolsonaro já usou o fato do candidato de Caiado ser ex-sócio da fábrica de alimentos Mabel para chamá-lo de “candidato da bolachinha”. “Tem vários vídeos rodando por aí: o candidato da bolachinha, o candidato da rosquinha, vídeo dele elogiando Dilma Rousseff, dizendo que ela foi uma boa gestora”, afirmou o ex-presidente.

Com Bolsonaro inelegível até 2030, a direita fica sem candidato para 2026, pelo menos sem um candidato óbvio. Caiado já declarou que apresentou seu nome como pré-candidato para a Presidência da República ao partido.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), já afirmou que poderia se juntar a Caiado em uma chapa.

Caiado, assim como Zema, já está no segundo mandato como governador de Goiás e não poderá mais se reeleger. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), também despontam como nomes da direita para a disputa presidencial de 2026.

Em setembro, Bolsonaro chamou o governador de covarde em comício realizado em Goiânia. O presidente criticou, sem citar nominalmente, o chefe do executivo estadual por aderir às medidas de isolamento durante a pandemia de covid-19.

Os dois chegaram a romper ainda durante os primeiros meses da emergência sanitária, em maio de 2020. O governador afirmou que a disputa com o ex-presidente não afeta sua candidatura e que, mesmo sem o apoio do PL, ele será candidato em 2026.

Segundo o governador, ele não encontra Bolsonaro há muito tempo e afirmou que seu partido tem condições de apresentar nomes para a disputa. Por fim, Caiado disse não se preocupar com outras candidaturas que não a sua própria.