As bolsas da Europa fecharam, em sua maioria, em alta, nesta quinta-feira, 7, enquanto investidores dividiram suas atenções entre a eleição nos Estados Unidos, a decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e a crise política alemã. Balanços corporativos também seguiram no radar, assim como a decisão Federal Reserve (o banco central norte-americano).
O CAC 40, de Paris, subiu 0,76%, encerrando em 7.425,60 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve ganhos de 1,70%, a 19 362,52 pontos. As cotações são preliminares.
As bolsas europeias voltaram a subir. Para o UBS, o setor de luxo pode se beneficiar da volta do republicano Donald Trump caso haja redução de impostos.
Na Alemanha, as ações e os juros subiram após o chefe do governo do país, o chanceler Olaf Scholz, abalar a coalizão que liderava o país com a demissão do ministro das Finanças, o liberal Christian Lindner, na quarta-feira. Para a Capital Economics, em uma eventual eleição e troca dos partidos que comandam o governo, o país pode migrar para uma administração mais estável em meados de 2025.
A Bolsa de Londres foi em direção oposta. O FTSE 100 caiu 0,32%, aos 8.140,74 pontos, após o BoE cortar juros. O presidente da autarquia, Andrew Bailey, disse que a inflação caiu mais do que o esperado, mas que o orçamento de 2025 deve voltar a pressionar os preços.
No âmbito macroeconômico, as vendas no varejo da zona do euro cresceram um pouco mais do que esperado. Conforme o inverno começa com dados fracos de confiança, a equipe do ING acredita que a recuperação não terá fôlego. A produção industrial da Alemanha recuou em setembro.
Entre as empresas, BPM subiu 8,97%, após anunciar oferta pela Anima Holding. E, dos balanços do dia, o da ArcelorMittal agradou e a ação subiu 5,47%. Já os da Telefónica e da Air France-KLM decepcionaram, provocando recuos de 2,08% e 10,50%, respectivamente.
Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, subiu 0,65%, para os 11 570,10 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 0,12%, a 33.981,23 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, subiu 0,23%, aos 6 348,78 pontos. As cotações são preliminares. As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, 7, com as da China e de Hong Kong saltando mais de 2%, em meio a expectativas de que Pequim.
intensifique estímulos fiscais após a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos EUA.
Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 2,57%, a 3 470,66 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,48%, a 2.100,71 pontos, impulsionados por ações de corretoras e seguradoras. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 2,02%, a 20.953,34 pontos, com a ajuda de papéis de tecnologia.
Durante a campanha eleitoral, Trump ameaçou impor tarifas de 60% a todas as importações chinesas e elevá-las ainda mais caso Pequim se mobilize no sentido de invadir a ilha autônoma de Taiwan. O triunfo do republicano gerou expectativas de que o Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo da China lance um agressivo pacote de estímulos fiscais ao fim de uma reunião que será concluída na sexta-feira, 8.
Dados de exportação da China, que subiram bem mais do que o esperado em outubro, também contribuíram na quinta-feira para o apetite por risco em Xangai, Shenzhen e Hong Kong.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi registrou alta marginal de 0,04% em Seul, a 2.564,63 pontos, e o Taiex subiu 0,82% em Taiwan, a 23.408,82 pontos.
Na contramão, o japonês Nikkei caiu 0,25% em Tóquio, a 39.381,41 pontos, com investidores provavelmente ajustando posições antes da decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), na tarde da quinta.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo segundo pregão consecutivo, com alta de 0,33% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.226,30 pontos.