As bolsas da Europa fecharam, majoritariamente, em baixa na quarta-feira, 4, em meio à contínua liquidação de ações do setor de tecnologia após o tombo da Nvidia e de outras fabricantes de semicondutores na véspera em Wall Street. As ações das Volkswagen cederam diante de alerta sobre demissões na Europa em um contexto de acirrada concorrência no setor automotivo.
O índice DAX, de Frankfurt, terminou em queda de 0,83%, aos 18 590,95 pontos. O índice FTSE 100, de Londres, caiu 0,35%, a 8 269,60 pontos. O CAC 40 cedeu 0,98%, encerrando em 7.500,97 pontos. As cotações são preliminares.
Em Amsterdã, a ação da fabricante de chips ASML recuou 3,93%, depois que o UBS cortou a recomendação do papel de “compra” para “neutra”, em meio à expectativa por declínio das vendas na China A ASM International caiu 5,30% na mesma bolsa. Em outras partes do continente, a Infineon cedeu 1,41% e a STMicroelectronics, fornecedora da Apple, conseguiu subir 0,49%.
A Volkswagen cedeu 0,98%, após a montadora alemã alertar funcionários sobre cortes e adaptações necessários na Europa. Ainda no setor automotivo, a fabricante sueca Volvo caiu 1,87% após anunciar o abandono de sua meta de ter uma linha totalmente elétrica até o final da década.
A Ryanair e Wizz Air cederam 1,37% e 3,02%, respectivamente, mesmo após um salto no número de passageiros em agosto diante da demanda por tarifas aéreas de baixo custo na temporada de verão.
Os investidores assimilaram dados de deflação menor na zona do euro e de atividade no setor de serviços. Em meio às expectativas sobre o rumo das taxas de juros, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Piero Cipollone disse que existe um risco real de que a posição do BCE seja “muito restritiva”. Já o membro do BCE François Villeroy de Galhau afirmou que não é papel do BCE ajudar “este ou aquele Estado”.
O Ibex 35, de Madri, recuou 0,65%, aos 11.206,04 pontos, em meio a repercussões sobre a confirmação de que José Luis Escrivá será o novo presidente do Banco da Espanha. O FTSE MIB, de Milão, perdeu 0,54%, aos 33.682,26 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,49%, aos 6.739,83 pontos. As cotações são preliminares.
As bolsas da Ásia fecharam em forte queda na quarta-feira, 4, em ajuste à liquidação liderada por ações de fabricantes de semicondutores que castigou Wall Street na véspera.
A pressão foi particularmente aguda em Tóquio, onde o índice Nikkei encerrou com desvalorização de 4,24%, aos 37.047,61 pontos. No segmento de chips, Tokyo Electron desabou 8,55% e a fornecedora de equipamentos Advantest despencou 7,74%.
O movimento acompanha o tombo da Nvidia, que amargou ontem a maior perda diária de valor de mercado para uma empresa americana na história. Na esteira, a rival Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) caiu 5,43% em Taiwan e contribuiu para a retração de 4,52% do índice Taiex, aos 21.092,75 pontos.
Na Coreia do Sul, o Kospi baixou 3,15% em Seul, aos 2.580,80 pontos. A produtora de chips de memória SK Hynix cedeu 8,02%, a Hanmi Semiconductor recuou 7,00% e a Samsung Electronics perdeu 3,45%.
Investidores no mundo inteiro estão preocupados ainda com o pulso da economia dos Estados Unidos, após a decepção com dois indicadores de atividade industrial ontem. A expectativa agora se volta para importantes dados de emprego no país, entre eles o Jolts na quarta e o payroll na sexta-feira.
Nas praças chinesas, o Xangai composto caiu 0,67%, a 2.784,28 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,59%, a 1.521,64 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng baixou 1,10%, a 17.457,34 pontos. O papel da PetroChina declinou 6,06%, em meio ao tombo do petróleo.
Conforme revelado durante a sessão, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da China caiu de 52,1 em julho para 51,6 em agosto, de acordo com pesquisa final da S&P Global com a Caixin.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, de Sydney, caiu 1,88%, a 7 950,50 pontos. Mais cedo, o escritório de estatísticas da Austrália revelou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 0,2% no segundo trimestre ante os três meses anteriores.