As bolsas europeias fecharam em queda na sexta-feira, 6, acompanhando a piora das ações em Wall Street, na sequência dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll). O levantamento gerava reações voláteis nas apostas sobre a decisão sobre a taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Dados na zona do euro também reforçaram preocupações quanto ao ritmo da atividade do bloco. Entre os ativos individuais, as da companhia sueca Volvo caíram na esteira de corte em projeções.
Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,73%, aos 8.181,47 pontos. O CAC 40, de Paris, perdeu 1,07%, encerrando em 7.352,30 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, terminou com desvalorização de 1,59%, a 18.280,49 pontos. As cotações são preliminares. Na semana, o FTSE 100 perdeu 2,33%; o CAC 40 recuou 3,65% e o DAX teve baixa de 3,31%.
Em Wall Street, os três principais índices cediam perto do horário de fechamento dos mercados europeus, com o Nasdaq em queda de cerca de 2%. O payroll não deixou claro se a intensidade do corte de taxas de juros será de 25 pontos-base ou de 50 pontos-base, segundo o ING. Na Europa, a produção industrial da Alemanha caiu bem mais do que o esperado e o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu menos do que o informado anteriormente, ambos reforçando quadro de recuperação anêmica da economia europeia.
Entre ações de destaque, a Volvo caiu 5,71% em Estocolmo, após a montadora sueca cortar projeções diante dos desafios associados a disputas comerciais entre a União Europeia e a China no segmento de veículos elétricos.
Em Frankfurt, as montadoras registraram quedas expressivas. A Volkswagen cedeu 2,93%, a Mercedes-Benz caiu 2,44% e a Porsche Automobil, 2,54%.
Nos demais mercados europeus, o Ibex 35, de Madri, caiu 0,89%, aos 11.173,00 pontos, com queda de 2% na semana. A Puig Brands derreteu 13,65%, após a empresa de perfumes e fragrâncias alertar sobre condições desafiadoras na China em seu primeiro balanço desde listagem em bolsa, segundo o Expansión.
O FTSE MIB, de Milão, caiu 1,17%, aos 33.291,39 pontos. O PSI 20, de Lisboa, recuou 0,33%, aos 6.719,18 pontos. As cotações são preliminares. Na semana, os índices perderam 3,65% e 0,75%, respectivamente.
As bolsas da Ásia fecharam em queda na sexta-feira, 6, em meio aos temores de que uma desaceleração potencialmente aguda dos Estados Unidos leve a uma deterioração da economia global. Os negócios em Hong Kong ficaram fechados por conta de um alerta de tufão na ilha semiautônoma chinesa.
Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou a sessão em baixa de 0,72%, a 36.391,47 pontos. A ação da Seven & I Holdings caiu 1,43%, após a controladora da rede de lojas de conveniência 7-Eleven ter rejeitado uma oferta de compra pela canadense Alimentation Couche-Tard. O fortalecimento do iene ao maior nível em 1 mês ante o dólar prejudica os papéis de exportadores.
O Nikkei pode cair a 35,5 mil pontos na segunda-feira se o relatório de empregos nos EUA, o payroll, agravar as preocupações sobre uma recessão na maior economia do planeta, alerta o estrategista Masahiro Ichikawa, da Sumitomo Mitsui DS Asset Management.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 1,21% em Seul, a 2 544,28 pontos, no quarto dia consecutivo de perdas. A produtora de chips de memória SK Hynix se desvalorizou 1,88%, depois que balanço da Broadcom renovou a apreensão sobre as perspectivas para o setor.
Nas praças da China, o índice Xangai Composto computou retração de 0,81%, a 2.765,81 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 1,60%, a 1.505,18 pontos. Na contramão, as companhias financeiras China Galaxy Securities (+4,93%) e Huatai Securities (+1,98%) estiveram entre os destaques, após o governo chinês começar um plano de fusão de corretoras estatais para consolidar o segmento.
Exceção na região, o índice Taiex, de Taiwan, avançou 1,17%, a 21.435,19 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, subiu 0,39%, a 8.013,40 pontos.