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Bolsas da Europa fecham em alta com dados dos EUA

O CAC 40, de Paris, subiu 2,33%, encerrando em 7.742,09 pontos, na máxima do dia. O DAX teve ganhos de 1,59%, a 19.220,20 pontos

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26 de setembro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em alta com dados dos EUA
As ações de empresas de bens de luxo e exportadoras de commodities metálicas voltaram a liderar os ganhos no mercado europeu

As bolsas da Europa fecharam com fortes ganhos na quinta-feira, 26, impulsionadas inicialmente pela promessa de mais estímulos na China e, depois, acompanhando o maior apetite por risco dos investidores americanos após dados de atividade nos Estados Unidos.

O CAC 40, de Paris, subiu 2,33%, encerrando em 7.742,09 pontos, na máxima do dia. O DAX, referência em Frankfurt, teve ganhos de 1,59%, a 19.220,20 pontos, na máxima histórica de fechamento. O índice também registrou máxima intradiária, aos 19.253,07 pontos. As cotações são preliminares.

As ações de empresas de bens de luxo e exportadoras de commodities metálicas voltaram a liderar os ganhos no mercado europeu nesta quinta, diante da promessa do governo chinês de intensificar o apoio monetário e fiscal para a segunda maior economia do mundo. LVMH avançou 9,88%, enquanto Hermès subiu 9,10% e Mercedes teve ganhos de 3,28%.

Já em Londres, Rio Tinto teve ganhos de 3,64% e Glencore apresentou alta de 4,88%. Os ganhos da bolsa inglesa foram limitados, no entanto, pela queda de 4,10% da BP, acompanhando o recuo recente do petróleo. Assim, o FTSE 100 subiu 0,20%, aos 8 284,91 pontos.

No noticiário corporativo, o Commerzbank subiu 6,89% após sinalizar o objetivo de manter sua independência antes de conversas com o UniCredit (+4,83%), que recentemente demonstrou interesse em fundir suas operações com as do banco alemão. Já Ubisoft caiu 13,15% com adiamento de lançamento e revisão para baixo de guidance.

Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, subiu 1,42%, para os 11 960,00 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 1,68%, a 34.409,34 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,33%, aos 6 771,36 pontos. As cotações são preliminares. As bolsas asiáticas encerraram os negócios desta quinta-feira, 26, com ganhos robustos, após as principais lideranças da China reafirmarem que continuarão estimulando a segunda maior economia do mundo.

Índice acionário chinês mais relevante, o Xangai Composto subiu 3,61%, a 3.000,95 pontos, ficando acima da marca psicológica de 3.000 pontos pela primeira vez desde junho. Menos abrangente, o Shenzhen Composto avançou 4%, a 1.638,36 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng saltou 4,16%, em seu melhor desempenho diário em mais de 18 meses, a 19.924,58 pontos.

O principal órgão decisório do Partido Comunista chinês, o Politburo, prometeu intensificar o apoio monetário e fiscal, apenas dois dias após o PBoC – como é conhecido o banco central do país – anunciar um agressivo pacote de medidas de estímulo para impulsionar o crescimento, incluindo cortes de juros e compulsório bancário. O Politburo garantiu também que continuará agindo para estabilizar o problemático setor imobiliário.

Ações de incorporadoras chinesas foram o maior destaque do dia. Em Hong Kong, as do Longfor Group e as da China Resources dispararam 28% e 21,5%, respectivamente.

Em outras partes da Ásia, o índice japonês Nikkei subiu 2,79%, a 38.925,63 pontos, atingindo o maior patamar desde 31 de julho, e o sul-coreano Kospi avançou 2,90% em Seul, a 2.671,57 pontos. No mercado taiwanês, o Taiex registrou alta mais modesta, de 0,43%, a 22.858,81 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o bom humor das asiáticas e ficou no azul, interrompendo uma sequência de três pregões negativos. O S&P/ASX 200 avançou 0,95% em Sydney, a 8.203,70 pontos.