A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 7,03 bilhões em novembro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados na quinta-feira, o valor foi alcançado com exportações de US$ 28,021 bilhões e importações de US$ 20,991 bilhões.
Na última semana de novembro, o superávit foi de US$ 1,074 bilhão, com vendas de US$ 6,741 bilhões e compras de US$ 5,666 bilhões. No ano, o saldo positivo é de US$ 69,856 bilhões.
O resultado da balança comercial em novembro veio abaixo da mediana de superávit de US$ 7,8 bilhões, após o saldo positivo de US$ 4,343 bilhões em outubro. As projeções para o mês passado variavam de US$ 6,5 bilhões a US$ 8,515 bilhões.
Em novembro, as exportações registraram alta de 0,5% na comparação com o mesmo período em 2023, com queda de US$ 1,52 bilhão (-25,2%) em Agropecuária; crescimento de US$ 120 milhões(1,6%) em Indústria Extrativa e avanço de US$ 1,49 bilhão (10,5%) em produtos da Indústria de Transformação.
As importações tiveram aumento mais expressivo do que as vendas, de 9,9% em novembro ante o mesmo mês do ano passado, devido ao crescimento de US$ 70 milhões (19,3%) em Agropecuária; estabilidade na Indústria Extrativa; e alta de US$ 1,81 bilhão (10,4%) em produtos da Indústria de Transformação.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quinta-feira, 5, em Luanda com o ministro da Agricultura e Florestas de Angola, Isaac Maria dos Anjos, para tratar da cooperação agrícola entre os países. Em nota da pasta, a embaixadora do Brasil em Angola, Eugênia Barthelmess, disse que esta primeira reunião bilateral tem como objetivo continuar a aprofundar o relacionamento entre Brasil e Angola na área de agricultura e do agronegócio.
Além de ampliar as exportações brasileiras para Angola, uma das propostas é a aquisição de fertilizantes nitrogenados angolanos.
Ainda conforme a Agricultura, Isaac dos Anjos apresentou projetos agrícolas em andamento, como o desenvolvimento de irrigação no Canal de Cunene, além de iniciativas voltadas à produção de café, cana-de-açúcar e etanol.
Fávaro compartilhou a experiência brasileira, mencionando que, há 50 anos, o Brasil era importador líquido de alimentos, mas transformou sua agricultura por meio de tecnologia e inovação, com destaque para o papel da Empresa brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Ele também enfatizou que o Brasil é líder na produção de biocombustíveis e está disposto a compartilhar seu conhecimento com Angola. Fávaro também se encontrou com o ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António. Eles reforçaram o compromisso de ambos os países em estreitar a cooperação no setor agrícola.