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Alckmin descarta risco à segurança do G20 após atentado

O vice-presidente afirmou que o fato é triste pela perda de uma vida  e deve ser apurado com extrema rapidez e com extremo rigor.

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14 de novembro de 2024
Alckmin descarta risco à segurança do G20 após atentado
Foto: Fábio Rodrigues - ABr

O vice-presidente Geraldo Alckmin descartou risco à segurança da reunião do G20, na semana que vem no Brasil, depois do atentado a bomba na quarta-feira na Praça dos Três Poderes, em Brasília. “Não vejo nenhum problema. Está tudo muito bem encaminhado para o Rio de Janeiro”, disse Alckmin, depois de participar de uma reunião de alto nível na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), que ocorre em Baku, no Azerbaijão. Ele classificou o atentado como triste e grave.

“É triste pela perda de uma vida e grave por ser um atentado a uma instituição da República, um Poder da República. É algo que deve ser apurado com extrema rapidez e com extremo rigor”, disse o chefe da delegação brasileira na COP29 e que retorna nas próximas horas para o Brasil, inclusive para participar da reunião do G20. O ministro Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira, 14, que os explosivos detonados na quarta-feira, 13, no estacionamento da Câmara e na frente da sede do Tribunal reforçam a importância de regulamentar as redes sociais.

“As autoridades públicas, aqueles que defendem a democracia, devem decidir exatamente para que haja responsabilização, para que haja uma regulamentação das redes sociais. Não é possível mais esse envenenamento constante pelas redes sociais”, afirmou.

Um homem morreu na quarta-feira após a explosão em frente ao Supremo. Moraes também mandou um recado ao Congresso ao afirmar que é impossível conceder anistia aos acusados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“Ontem (quarta) é demonstração que só é possível pacificar o País com responsabilização dos criminosos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos. Nós sabemos que o criminoso anistiado é um criminoso impune. A impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou ontem (quarta)”, destacou Moraes nesta quinta-feira.

O ministro disse que o fato da quarta-feira “não é isolado de contexto” e que “se iniciou lá atrás, quando gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra instituições”. De acordo com ele, “as pessoas acham que podem vir a Brasília e tentar explodir STF porque foram instigadas por pessoas com altos cargos a atacar”. Ele também afirmou que esse foi o “atentado mais grave” contra o Supremo desde o 8 de janeiro.

“A pessoa tentou ingressar no Supremo, mas foi barrada pela segurança, que percebeu que tinha artefatos amarrados, e se dirigiu até a estátua da Justiça. A ideia era tentar ingressar e explodir dentro do próprio Supremo Tribunal Federal”, alertou Moraes.