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País abriu 157.198 vagas com carteira assinada em junho

O resultado do mês passado decorreu de 1.914.130 admissões e de 1.756.932 demissões.

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27 de julho de 2023
Vinicius Palermo
País abriu 157.198 vagas com carteira assinada em junho
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho durante entrevista coletiva.

Após a criação de 155.123 vagas em maio, o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 157.198 carteiras assinadas em junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na quinta-feira, 27, pelo Ministério do Trabalho.

O resultado do mês passado decorreu de 1.914.130 admissões e de 1.756.932 demissões. Em junho de 2022, houve abertura de 285.009 vagas com carteira assinada, na série ajustada.

O mercado financeiro esperava um novo avanço no emprego no mês, e o resultado veio abaixo da mediana das estimativas de analistas consultados, que era de saldo positivo de 162 mil vagas. As projeções indicavam a abertura líquida de 137,5 mil a 213.006 vagas em junho.

No acumulado do primeiro semestre de 2023, o saldo do Caged já é positivo em 1.023.540 milhões de vagas. Em igual período do ano passado, houve criação líquida de 1.388.010 postos formais.

A abertura líquida de vagas de trabalho com carteira assinada em junho foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 76.420 postos formais, seguido pela agropecuária, que abriu 27.159 vagas.

Já a construção civil gerou 20.953 vagas em junho, enquanto houve um saldo de 20.554 contratações no comércio. Na indústria geral, foram criadas outras 12.117 vagas no mês.

No sexto mês do ano, 24 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. Apenas três Estados registraram fechamento de vagas.

O melhor desempenho entre os Estados foi registrado em São Paulo, com a abertura de 36.418 postos de trabalho. Já o pior desempenho foi da Paraíba, que registrou o fechamento de 223 vagas em junho.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.015,04 em junho. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 12,47 no salário médio de admissão, uma elevação de 0,62%.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse na quinta-feira, 27, que o desempenho do mercado de trabalho do País não foi melhor em 2023 por causa do custo do dinheiro, criticando as taxas de juros do Brasil e a atuação do Banco Central (BC).

“Chegamos na ordem de 1,023 milhão de postos de trabalho, conforme previa no andamento do semestre. Eu falava que se houvesse um item que está atrapalhando o bom desempenho, que poderia ser melhor ainda. Não fosse o desempenho inadequado do BC seriam 180 mil empregos em maio. Não fosse essa inadequação esquizofrênica dos juros no Brasil, poderíamos falar na ordem de 200 mil empregos em junho”, disse o ministro em coletiva, frisando que o saldo do primeiro semestre poderia se aproximar de 1,2 milhão de novos postos.

Segundo Marinho, a projeção da Pasta é de alcançar um saldo de 2 milhões de empregos formais ao longo dos 12 meses de 2023. Em relação à indústria, que gera postos de trabalho mais qualificados, Marinho observou que o setor se preparou para a retomada do crescimento, mas esbarra nos juros. “A indústria está preparada para crescer e voar, mas tem um impedimento que é o custo do dinheiro”, frisou.